quinta-feira, 3 de março de 2011

Nós humanos


Nós humanos com dois milhões de anos de existência mudámos a Terra em apenas sessenta mil anos. As nossas características de visionários, empreendedores, controladores permitiram-nos mudar o mundo à nossa volta.
No princípio da espécie não éramos mais do que primatas que andavam em quatro patas e respondiam a estímulos naturais. Com o passar dos tempos começámos a evoluir e a pressentir a necessidade de mudar. Era tempo de controlar o ambiente à nossa volta para que este deixasse de ser hostil. Começámos por viver em comunidade para nos defendermos melhor, para criarmos laços afectivos que permitissem a sobrevivência da espécie. Depois desenvolvemos e dominámos o fogo para afastar os predadores. Em seguida, domesticámos animais selvagens, ficámos sedentários, desenvolvemos a roda, a balística, o sistema de vias de mobilidade. Enfim, houve uma explosão de invenções que nos permitiram ser quem somos hoje e viremos a ser amanhã.
Para além das invenções, nós humanos, para dominarmos o planeta tivemos que descobri-lo. Inicialmente parecia uma ideia impossível. Os oceanos, colossalmente grandiosos. As terras, demasiado extensas. Os céus, inalcançáveis.
O fardo dos oceanos coube a um povo, de gente corajosa e destemida, sem medo de morrer, eivada de espírito de aventura. Esse povo era o Português. Descobrimos o Brasil e o caminho marítimo para a Índia. Na minha opinião terá sido o mais pesado fardo dos três: partir à aventura por mares desconhecidos, sem garantias de voltar a casa ou sequer de descobrir fosse o que fosse.
Os céus foram conquistados à custa da electrónica e da informática, ou seja, à custa das máquinas e do intelecto.
As extensas planícies do nosso planeta foram conquistadas à custa do sedentarismo dos povos que se iam fixando nalguns lugares, adaptando-se a eles.
Por tudo isto, se o seu sonho é ser um grande Português, parta à descoberta de um grande oceano, conquiste-o e saia da rotina e do conformismo. Viva o seu sonho e seja o orgulho da grande nação que outrora teve metade do mundo nas mãos.
Filipe Marques, 12.º B

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