quarta-feira, 8 de junho de 2011

Despedida

AFS Intercultura é uma organização que trabalha a nível mundial e que oferece a jovens estudantes que frequentam a escola secundária a oportunidade de viver e estudar no estrangeiro durante um período que pode ser de um ano, seis meses, três meses ou um mês (nas férias de verão).

A actividade de Intercultura baseia-se no trabalho de voluntários (em geral, ex-participantes de um programa de intercâmbio e respectivos pais) que organizam encontros para promover este tipo de experiência, informar sobre o que é necessário para poder participar e prestar ajuda aos jovens e às famílias, a nível psicológico e prático, no percurso antes, durante e depois da viagem. Este tipo de experiência põe à prova os jovens, tanto como as famílias, e é preciso prepará-los para enfrentar os futuros problemas. Pessoalmente acho o papel dos voluntários fundamental e de enorme ajuda.

Eu estou a acabar o meu período em Portugal, mas não a minha experiência, pois, depois da adaptação ao novo país, há uma nova adaptação ao país de origem em que vou ter que conviver com as mudanças que ocorreram em mim e nos outros ao longo destes nove meses. A minha adaptação a Portugal foi gradual e relativamente fácil. A parte que se revelou mais difícil foi conseguir interagir com pessoas desconhecidas e criar ligações afectivas com elas, embora a vida em família, as ligações entre familiares e as relações sociais sejam extremamente semelhantes entre a Itália e Portugal. Essa dificuldade, na minha opinião, está no facto dessas ligações precisarem de tempo para serem criadas, deixando grande espaço para as saudades nos primeiros tempos. A barreira linguística é também um obstáculo nas relações mas, no meu caso, a barreira maior foi a minha personalidade tímida e reservada.

Em relação ao sistema de ensino, aos hábitos, à comida e às tradições a adaptação resultou bastante fácil, apesar de haver diferenças notáveis. Principalmente o sistema de ensino português foi uma novidade em termos de distribuição dos horários das aulas, do sistema de avaliação e o tipo de testes propostos, do uso do material escolar e da composição da estrutura da escola (presença de um bar, de uma papelaria, de uma cantina…), porque são muito diferentes em relação à minha escola (prefiro não estender a comparação ao sistema de ensino italiano porque sei bem que há diferenças entre as várias escolas).

Adorei conhecer as tradições portuguesas e participar nalgumas, porque cada país tem as próprias tradições que o tornam diferente dos outros países e acho essa uma característica fundamental. Nesta altura estou bem adaptada e bem integrada no estilo de vida português e acabei por juntar o meu estilo de vida italiano com o português e talvez continue a ter alguns hábitos que aprendi cá. Este ano mudou-me, embora ainda não saiba avaliar quanto e, sem dúvida, ficará na minha memória juntamente com as lições de vida que aprendi.

Zaira Pellin, 11.º A

Artigo de Apreciação Crítica



Juno, uma comédia irreverente

Título Original: Juno

Realização: Jason Reitman

Intérpretes: Ellen Page, Michael Cera

Ano: 2007

O filme Juno retrata a história de uma rapariga adolescente que inicia a sua vida sexual com 16 anos e acaba por engravidar.

O filme mostra a vida de Juno durante os seus 9 meses de gravidez. Como o pai não quer assumir o filho, e a mãe, assim como toda a família, se julga muito nova para ter essa responsabilidade, eles concordam em dar o seu filho para adopção a um casal que não pode ter filhos.

Durante todo o filme, Juno depara-se com situações desafiadoras, como problemas na relação com o seu namorado Bleeker, como também com o divórcio dos pais de adopção do seu filho. Para as situações mais problemáticas ela teve o apoio da sua melhor amiga Leah e também do seu pai.

Juno é um filme realista, com um bom elenco e argumento, que não só é um bom filme de entretenimento como pode servir de auxílio para muitos jovens que se encontram na fase da adolescência.

Inês Tubal, 10.ºD

Artigo de Apreciação Crítica

Título original: Forever...

Titulo em português: O Primeiro amor

Autora: Judy Blume

Originalmente publicado em 1975, o livro apenas foi lançado em Portugal em 2005. Aborda a primeira relação amorosa de uma adolescente, Katherine, com outro jovem da mesma idade, Michael, e o início da vida sexual na adolescência.

Katherine e Michael conhecem-se e apaixonam-se numa noite de fim-de-ano e iniciam um namoro de fins-de-semana, porque Michael mora noutra cidade.

A relação entre os dois vai-se estreitando e, convictos de que o que sentem um pelo outro é para sempre, fazem planos para o futuro e iniciam a sua vida sexual. Mas chega o Verão e os pais de ambos são de opinião de que uma separação fará bem aos dois, assim Katherine vai para um campo de férias como instrutora de Ténis e Michael vai trabalhar para a serração do tio.

No início, escrevem-se praticamente todos os dias e as saudades são insuportáveis. Mas, à medida que o tempo passa, Katherine dá por si a divertir-se e a sentir-se atraída por um colega. Esta atracção abala Katherine profundamente: como pode ela amar Michael e sentir-se atraída por outro homem?

Como o nome indica “O primeiro amor” é uma história sobre o primeiro amor, as primeiras descobertas, sobre todas as sensações que temos quando estamos com alguém de quem gostamos e achamos que tudo é lindo e maravilhoso e irá durar para sempre. Eu gostei do livro por causa disso, ele é bastante realista, o que aconteceu com Katherine e Michael, aconteceu ou irá acontecer com qualquer adolescente. A sensação de “ficar nas nuvens”, ansiosa pensando se ele vai ligar, a primeira saída a dois, o primeiro jantar.

Por outro lado são abordados temas bastante importantes como o iniciar da vida sexual, a prevenção conta as doenças sexualmente transmissíveis, a importância da contracepção para evitar a gravidez na adolescência, temas bastante importantes e que interessam a todos os adolescentes.

A linguagem utilizada pela autora é bastante acessível e o livro é objectivo, de leitura rápida, interessante e bastante “fiel” à realidade.

As personagens são adolescentes “normais”, iguais a tantos outros, com os mesmos sentimentos, sonhos, preocupações, dúvidas e desafios perante si próprios e no seu relacionamento com os outros.

Mariana Marques dos Santos, 10ºD

A minha mãe

Olhos verdes e maçãs rosadas. Cabelos castanhos e encaracolados. Cara de boneca por onde o tempo passa aos poucos. Tem uma luz natural, interior, que ilumina todos os caminhos. Uma luz tão intensa que nada a converte em escuridão. Palavras sábias que me diz. Com que nem sempre concordei mas que nunca esquecerei.

Foi mãe muito nova, com a minha idade actual. Tinha idade de adolescente mas tornou-se logo mulher. Começou a trabalhar. Fez o possível e o impossível. Tornou-se mãe, esposa, dona de casa, trabalhadora e mulher.

Numa adolescência roubada, não te revoltaste com a vida. Não te deixaste ir abaixo nem, muito menos, pensaste em recusar.

Tem o mais nobre de todos os dons. Tem o dom de ser mãe.

Os anos passaram, passam e continuarão a passar. Hoje é mãe de três filhos e uma mulher admirável. Inspira-me a sua força ou, até mais do que isso, a sua garra e determinação fascinam-me. Apesar de tantas situações em que a vida já a desafiou, sempre lhe vi o mesmo olhar de esperança. Mais do que para escrever, inspira-me para viver. Para ouvir sempre as suas sábias palavras e lutar pela vida guiada pelos seus conselhos. Que mais do que conselhos são provas vividas.

Queria, para além dos seus olhos verdes, ter herdado também o seu espírito de guerreira.

Sílvia Fraústo, 10º D

segunda-feira, 6 de junho de 2011

As lições do passado - Dissertação

O passado pode influenciar o futuro quando os erros do passado se tornam conhecimentos para o futuro.
A verdade é que o homem na terra, desde os tempos primordiais, aprendeu a sobreviver com erros passados, transmitidos como ensinamentos às gerações que se seguiram.
No entanto, num certo momento da sua história , a humanidade esqueceu o passado e cometeu erros que hoje são grandes problemas, como o esgotamento de recursos e o desequilíbrio da distribuição da população.
Para concluir, o passado transmite sempre novas informações para o futuro. Necessário será entender esses conhecimentos e impedir que se tornem erros do futuro.
Sebastião Enes Ferreira, 12.º B