quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Real ou aparência


Na minha opinião, cada vez mais o ser humano vive uma vida de aparências.
Antigamente os seres humanos estudavam áreas específicas, como as ciências, a geografia, as artes ou a literatura, e muitos deles distinguiam-se nessas áreas.
Quem não tinha posses ou não pretendia estudar gostava de se destacar no seu trabalho ou em ser um bom ser humano. Hoje em dia as pessoas destacam-se, não pelo que conseguem, mas pela quantidade de dinheiro, casas, carros ou joias que possuem.
Não temos como exemplo só os adolescentes que competem pelo uso das marcas mais caras e das últimas tecnologias, mas os próprios pais desses jovens competem e tendem a inferiorizar os que menos têm.
Se pensarmos na época do Natal, todos podemos concluir que o mundo se tornou consumista de bens desnecessários e esqueceu o verdadeiro significado desta data. Apesar de existirem ainda pessoas que, nesta altura do ano, em vez de andarem atarefadas a consumir o máximo possível para poderem dar as melhores prendas, a maior parte de nós pouco se interessa em ser solidária.
Em suma, considero que devemos procurar o melhor em nós e investir nisso, em vez de investirmos numa vida de luxos, inveja e egoísmo.
Joana Pereira, 12.º A

Preservação da Natureza

Na atualidade é cada vez mais importante preservar a Natureza. Todos os bens mais fundamentais para os humanos provêm da Natureza, como tal devemos ter a preocupação de a cuidar e respeitar. Por exemplo, devemos poupar água, porque ao contrário do que toda a gente pensa, a água não é um recurso inesgotável. É nossa obrigação, também, reduzir a poluição, o que é mais fácil do que parece. Custa muito dar mais dois ou três passos e colocar uma garrafa de plástico no ecoponto amarelo, em vez de a depositar no caixote do lixo comum?
Se não poluirmos menos, todos os ecossistemas dos quais dependemos todos os dias, vão ser gravemente afetados e, consequentemente, nós.
A água vai deixar de correr nos rios, os solos, também afetados pela poluição, deixarão de ser férteis, e como tal, o cultivo será muito difícil. O ar que respiramos vai ficar cheio de impurezas, o que nos causará mais doenças respiratórias. Para além disso, se destruirmos os ecossistemas do nosso planeta, as gerações futuras serão gravemente afetadas e não poderão usufruir dos bens do nosso planeta devido aos erros causados pelas gerações passadas. Será isso justo?
Em suma, é necessário preservar e respeitar a Natureza porque dela dependemos todos os dias e até porque as gerações futuras vão precisar dela tanto como nós.
Marta Zurrapa, 12.º A

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

A arte em tempos de crise

É nas dificuldades por que passamos que a maioria dos artistas, sejam eles músicos, compositores, bailarinos, pintores, escultores, atores ou atrizes se baseiam para expressar a sua arte. É nas frustrações do dia a dia que encontram a força necessária para exprimirem a sua opinião e mostrarem o seu estado de espírito. É na sua arte que encontram refúgio para os problemas económicos, políticos e sociais e que esquecem os dilemas diários. Apesar de nem sempre terem sido um meio cem por cento fiável para um estilo de vida, as artes sempre foram e continuarão a ser o que de melhor o nosso país tem.
No que diz respeito à música, muitos artistas encontram nela uma forma de expressar por palavras e sons o que sentem. E, com isto, refiro-me a um grande artista português, Boss AC, que faz das suas músicas um meio para chegar às pessoas e dizer por palavras, duras e cruéis, as verdades que mais ninguém tem coragem de dizer. "Farto de " é uma das composições musicais que mais polémica gerou entre os políticos e o povo português. Frases como: "Farto de promessas da treta, sobem ao poder e metem as promessas na gaveta"; "Farto de os ver saltar quando os bancos naufragam, quanto menos melhor, menos impostos pagam" e "Injustiças, guerra, racismo, fome, desemprego, pobreza... e eu estou farto", retratam aquilo que, nos dias de hoje, está presente em todo o mundo.
Por outro lado, temos os pintores que expressam através da pintura os seus sentimentos mais puros. Recordo-me de numa das aulas ter visto um quadro que retratava uma das grandes guerras: havia desespero presente em cada rosto, angústia pelas vidas perdidas e trauma de quem passou por tal experiência.
O que de melhor temos são as artes e por essa mesma razão devemos apostar naquilo que nos traz felicidade e faz crescer enquanto seres humanos.
Cláudia Marques, 12.º A

terça-feira, 8 de novembro de 2011

A arte em tempos de crise

"Os momentos de dificuldade são estimulantes para os criadores", uma grande verdade, pois cada vez se vê mais, por exemplo, a criação de músicas, uma arte muito comum, sobre o estado do mundo, ou seja, sobre a crise que se vive em Portugal e no mundo em geral.
A música é realmente uma arte importante na construção do ser humano, pois é muitas vezes através dela que se sensibiliza o próximo, que se faz um apelo, e que se diz aquilo que se pensa. Lembro-me de uns trabalhadores da função pública que fizeram uma música retratando o seu dia a dia, as dificuldades por que passavam. Se serviu para mudar as suas vidas? Talvez não, mas sensibilizou muita gente e mostrou que é difícil, por exemplo, ser "trabalhador do lixo" e que esta profissão deve ser valorizada, pois todos os dias limpam as nossas cidades.
Muitos artistas plásticos mostram, com frequência, a sua revolta face à crise que vivemos, fazendo caricaturas ou pintando quadros, expondo-os e fazendo com que as outras pessoas os olhem e se sensibilizem, melhorando, talvez, o ser humano que são. Há inúmeros exemplos de pintores que expressam a sua indignação, o seu pensamento, a sua sensibilidade através dos quadros, basta ir a um museu, arrisco a dizer.
Em suma, a arte é muito importante na construção do ser humano.
Gonçalo Inácio, 12.º B

A arte em tempos de crise

Nos momentos de dificuldade, há sempre inovações e criações soberbas.
Situações que envolvam arte, podem considerar-se refúgios para algumas pessoas, ou seja, um indivíduo que se encontra com dificuldades, em certos momentos, procura algo para espairecer e parar de pensar nas limitações do dia a dia, como é o caso do cinema, do teatro ou dos concertos de música. São pequenos momentos que contrabalançam as dificuldades sentidas.
Na minha opinião, o ser humano só é completo se for do seu conhecimento a grande variedade de artes existentes no seu país. E, é nestes momentos de dificuldades económicas que alguns artistas e criadores aproveitam para exercer as suas funções, utilizando temas da realidade, como é o caso de um cronista, que aproveita o clima de crise financeira vivido no seu país para escrever as suas crónicas e, ao mesmo tempo, criticar o que lhe parece absurdo. Quem fala em cronistas, fala num pintor ou num músico que criam os seus quadros e as suas canções, respetivamente, baseando-se em temáticas atuais.
Viver momentos de dificuldades económicas é algo difícil para todos, mas a meu ver, resiste melhor à crise aquele que procura soluções e novas ideias dentro do clima vivido.
Carlos Miguens, 12.º B

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

CARTA À LUA

Sistema Solar, 29 de julho de 2012

Querida Lua,

Eu sei que estás dependente da minha luz para não trabalhares mais horas, mas estava a pensar em tirar umas férias.
Já estou no ramo da iluminação há muitos anos. Ainda não eras nascida, já andava a iluminar o Sistema Solar.
Quero dar a volta à Via Láctea!
Depois, se quiseres, podes pedir-me lembranças da viagem que vou fazer. Estou a pensar em contratar um colega e grande amigo meu chamado Sil.
Acho que vais gostar dele. É mais ou menos como eu, mas azul com luz amarela e vermelha. É muito simpático e prestável.
Não te esqueças de avisar os humanos, senão eles estranham a mudança!
Se gostares da ideia, posso ensinar-te os costumes e línguas dos sítios por onde passar.
Primeiro vou ver como está a minha amiga que vive noutro braço da Via Láctea, a Amélia.

Até sempre!

Sol

O momento que mais me marcou

O nascimento da minha irmã foi o momento que mais me marcou até agora. O quanto eu desejava uma irmã! Depois, quando a vi fiquei muito emocionada. Que bom ver uma menina de pele branquinha e cabelo clarinho, tal como eu imaginava... Ao vê-la, mais me parecia uma princesa. Ao recebê-la em casa, preparei-lhe uma surpresa: a casa estava repleta de balões e de desenhos!
A Matilde, minha irmã, começou a crescer, a dizer as primeiras palavras, a gatinhar, a dar os primeiros passinhos e, mais tarde, já estava a andar.
Agora ela está enorme, já tem seis anos. Anda no segundo ano, já lê, já escreve e já sabe fazer contas.
Como o tempo passa depressa! Parece que ainda ontem era tão pequenina e já tem quase sete anos.
Joana Selorindo, 7.º A

A casinha

Tanto que eu gostava de ir à casa dos meus avós, no Alentejo. Tudo era diferente, os sítios, as pessoas. E o mais engraçado era que para lá chegar, tínhamos de ir de bicicleta. Naquele tempo havias as coisas mais lindas que se possam imaginar. Por aquele floredo que rodeava a casa, ia vendo pássaros a cantarem, pessoas felizes, flores belas, um ambiente tranquilo e vários poetas e poetisas com os seus livros de poemas e um brilho no olhar.
Os poetas espalhavam-se pelos vários sítios cómodos que por ali existiam. Eu conhecia-os a todos. Eles conheciam o meu avô e iam-me contando histórias sobre ele.
De vez em quando punha-me atrás das escadas para ver o que eles faziam, mas nunca vi nada. Exceto um dia em que descobri a casa da Luísa Ducla Soares. Nesse dia fiquei com esta frase na cabeça: o mundo é tão pequenino que por vezes o inesperado acontece.
Sara Ferrolho, 7.º A