sexta-feira, 18 de março de 2011

Maria Eduarda

Abri o portão e deparei-me com a minha esbelta Deusa, Maria Eduarda, de chegada.
O sol irradiava um forte clarão de luz nos seus loiros, sedosos e ondulados cabelos, deixando em seu torno uma aura angélica.
Deixava no ar um aroma a rosas com pétalas de sangue que me encantava profundamente.
Como sempre trazia um vestido escuro, não de tecido caro, fino e requintado, mas sim comum e com um decote bastante simples. Era sedoso e, ao cair-lhe nas longas, esbeltas e perfeitas pernas tinha um efeito ondulante como as ondas do mar quando estão calmas.
A sua cadelinha, Mimi, dormia nos seus intermináveis braços de mármore recebendo suaves carícias na cabeça.
Os seus botins eram de um cabedal cinza brilhante como as nuvens em tempo de tempestade. Tal pensamento despertou bastante a minha atenção, fazendo mover automaticamente o meu olhar de novo para a sua face. Esta estava rígida, melancólica, triste e com uma expressão de desagrado. Rapidamente percebi que tal desagrado e tal descontentamento se deviam ao ambiente em seu redor.
Aproximei-me dela, dei-lhe a mão e senti um gelo polar a correr-me por todo o corpo. Tirá-la dali para um local acolhedor e quente era o meu desejo.
Daniela Santos e Rute Azenha, 11.º B

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