sexta-feira, 18 de março de 2011

Santa Olávia era para mim o lugar ideal. Permanecia deitado durante o dia na relva verde e fresca à sombra das árvores de frutos que aqui eram abundantes. Não tinha falta de alimento, os pássaros eram abundantes e eu notava-o devido aos seus constantes chilreares, e, de vez em quando, para meu deleite também apanhava uns ratos.
O ar aqui era puro e fresco e o único cheiro existente era o das flores nos canteiros à entrada da casa.
Durante o dia a vida era pacata e eu aproveitava para descansar, mas a noite em Santa Olávia acabava por ser mais animada com a minha procura de gatas que aqui havia em escasso número.
Eu gostava tanto do quintal de Santa Olávia que raramente entrava em casa, apesar dos luxos que lá tinha.
Apenas entrava em casa quando não conseguia caçar e tinha de comer a comida que me davam, que apesar de não ser propriamente saborosa, era melhor do que passar fome, ou então quando queria dormir. E aí sabia que tinha uma cesta de veludo na sala ao pé da lareira, onde eu podia descansar num conforto extremo enquanto era suavemente aquecido pela lareira.
Enfim, a vida em Santa Olávia era simplesmente perfeita.
Pedro Madeira, 11.º A

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