terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Carta ao Computador



No fundo de uma prateleira, 26 de dezembro de 2222

Meu querido inimigo Computador,

Estou tão triste! Estar nesta prateleira a ganhar pó, à espera que alguém me abra não é fácil.
Antes, nós os livros, tínhamos um acordo com os da tua espécie. Combinámos que não iria haver livros no computador, mas vocês desobedeceram, deixando-nos ao abandono.
Antigamente, as escolas usavam livros para os seus alunos estudarem, mas agora só restam computadores portáteis, tablets, Windowsphones, iphones e Androids. A vossa espécie e outras espécies tecnológicas estão a levar-nos à extinção e por causa disto, os meus dois melhores amigos, o livro de Português e o de Física e Química, suicidaram-se. Um atirou-se para a lareira e o outro pegou em ácido e derreteu-se, deixando-me sozinho nesta prateleira.

Adeus,

Livro de Inglês

Bruno Rosa, 10.º A

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