quinta-feira, 3 de novembro de 2011

A casinha

Tanto que eu gostava de ir à casa dos meus avós, no Alentejo. Tudo era diferente, os sítios, as pessoas. E o mais engraçado era que para lá chegar, tínhamos de ir de bicicleta. Naquele tempo havias as coisas mais lindas que se possam imaginar. Por aquele floredo que rodeava a casa, ia vendo pássaros a cantarem, pessoas felizes, flores belas, um ambiente tranquilo e vários poetas e poetisas com os seus livros de poemas e um brilho no olhar.
Os poetas espalhavam-se pelos vários sítios cómodos que por ali existiam. Eu conhecia-os a todos. Eles conheciam o meu avô e iam-me contando histórias sobre ele.
De vez em quando punha-me atrás das escadas para ver o que eles faziam, mas nunca vi nada. Exceto um dia em que descobri a casa da Luísa Ducla Soares. Nesse dia fiquei com esta frase na cabeça: o mundo é tão pequenino que por vezes o inesperado acontece.
Sara Ferrolho, 7.º A

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