quinta-feira, 10 de novembro de 2011

A arte em tempos de crise

É nas dificuldades por que passamos que a maioria dos artistas, sejam eles músicos, compositores, bailarinos, pintores, escultores, atores ou atrizes se baseiam para expressar a sua arte. É nas frustrações do dia a dia que encontram a força necessária para exprimirem a sua opinião e mostrarem o seu estado de espírito. É na sua arte que encontram refúgio para os problemas económicos, políticos e sociais e que esquecem os dilemas diários. Apesar de nem sempre terem sido um meio cem por cento fiável para um estilo de vida, as artes sempre foram e continuarão a ser o que de melhor o nosso país tem.
No que diz respeito à música, muitos artistas encontram nela uma forma de expressar por palavras e sons o que sentem. E, com isto, refiro-me a um grande artista português, Boss AC, que faz das suas músicas um meio para chegar às pessoas e dizer por palavras, duras e cruéis, as verdades que mais ninguém tem coragem de dizer. "Farto de " é uma das composições musicais que mais polémica gerou entre os políticos e o povo português. Frases como: "Farto de promessas da treta, sobem ao poder e metem as promessas na gaveta"; "Farto de os ver saltar quando os bancos naufragam, quanto menos melhor, menos impostos pagam" e "Injustiças, guerra, racismo, fome, desemprego, pobreza... e eu estou farto", retratam aquilo que, nos dias de hoje, está presente em todo o mundo.
Por outro lado, temos os pintores que expressam através da pintura os seus sentimentos mais puros. Recordo-me de numa das aulas ter visto um quadro que retratava uma das grandes guerras: havia desespero presente em cada rosto, angústia pelas vidas perdidas e trauma de quem passou por tal experiência.
O que de melhor temos são as artes e por essa mesma razão devemos apostar naquilo que nos traz felicidade e faz crescer enquanto seres humanos.
Cláudia Marques, 12.º A

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