segunda-feira, 23 de maio de 2011

A solidão (não) é uma escolha do ser humano



Segundo o dicionário, a solidão é o estado de estar só. Podemos entender isso como um estado de abandono, infelicidade e desânimo. No entanto, podemos perguntar a alguém que viva sozinho se é infeliz, se se sente abandonado ou desanimado. Já o fiz e a resposta que obtive foi: «Estou bem, talvez seja preferível assim a discutir com alguém todos os dias ou estar rodeada de confusão. Faço o que quero, quando quero.»

Com isto, concluí que a solidão é, de facto, uma escolha do ser humano. É possível ser-se feliz quando só, não desprezando, claro, os amigos e a família. Falo portanto de relações.

Eu estou sozinha, eu estou feliz! Vejo à minha volta muitos casais onde alguém sofre, onde um é subjugado pelo outro, quase como um escravo. Não quero isso para a minha vida. Quero liberdade, quero poder fazer o que quero e quando o quero!

Quero estar só. Quero ser feliz. E tu?

Maria Inês Pereira, 10.º B

Solidão. Todos nós já ouvimos esta palavra e, possivelmente, em alguma altura da nossa vida já a sentimos. Ninguém gosta de estar completamente sozinho, de ser solitário. Toda a gente precisa de alguém, uma companhia.

Sim, claro, existem pessoas que gostam de estar sozinhas. Algumas não casam ou mudam-se para uma casa sozinhas e há ainda outras que se isolam. Mas será que realmente gostam de estar sozinhas, ou melhor, será que são verdadeiramente solitárias? Eu creio que não. Até podem gostar, em certa medida, de solidão mas existe sempre algum momento, algum instante em que elas, com certeza, desejariam fazer as malas à solidão e mandá-la embora na primeira oportunidade. Mas isso nem sempre é fácil. A solidão é como uma árvore, quanto mais tempo passa mais fortemente ela fica presa pelas raízes à terra.

Mas também existe outro tipo de pessoas solitárias, por exemplo, as pessoas mais idosas. Essas pessoas não têm a solidão ao seu lado porque assim o quiseram. Talvez o marido ou a esposa já tenham falecido, ou até mesmo todos os familiares. Algumas vivem isoladas em aldeias de onde as pessoas “fugiram” ou simplesmente deixaram de existir. Outras ainda são abandonadas, deixadas à sua mercê. Isto, para mim, é bastante injusto. Aliás, acho que é seguro dizer que a solidão, de uma forma ou de outra, é sempre injusta.

Quando chega, ao princípio, é difícil dar por ela, mas uma vez na nossa vida é difícil de mandá-la embora.

Débora Lúcio 10.ºA

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