segunda-feira, 16 de maio de 2011

O sportinguismo

À medida que entramos na recta final da época, torna-se notório que esta será a segunda época do Sporting fora dos três primeiros. Só um milagre dará ao Sporting a vitória em Braga, e o agridoce 3º lugar[1]. Isso mesmo, chegámos a uma altura em que o 3º lugar é considerado um milagre. Esta minha maneira de pensar é ilustrativa desta nova corrente filosófico-futebolística: o sportinguismo. Se viesse num dicionário, definir-se-ia como: corrente filosófico-futebolística que implica a existência de uma mentalidade vencedora sem que hajam elementos característicos da mesma. Como podem os sportinguistas (adeptos do Sporting e do Sportinguismo) exigir sucesso quando os jogadores e o staff de quem o esperam não são considerados capazes? Carlos Martins, Silvestre Varela e Emídio Rafael são dispensados do Sporting, mas são titulares e/ou suplentes utilizados dos dois últimos campeões nacionais. Paulo Bento era besta negra no clube de Alvalade, mas na selecção é herói.

Como podem os jogadores e staff do Sporting considerarem-se como favoritos para um jogo quando não entram em campo como tal? Com Paulo Bento, se o Sporting estivesse a ganhar 1-0, havia que pressionar para obter o 2-0. Com Carvalhal, Paulo Sérgio ou Couceiro, com 1-0 para o Sporting, a equipa retrai-se. Resultado disso são maus resultados obtidos nos últimos minutos de jogo (Guimarães, 2 vezes, Rangers, …).

Enquanto o Sporting não se comportar como grande, nunca reconquistará o seu lugar devido no topo do futebol português. Sugiro que em vez de Simana-Pongolle ou Felipe Calcedo, se contrate o psicólogo Daniel Sampaio.

João Gaudêncio, 10.ºC


[1] Texto escrito em 13.5.11, na véspera do “milagre”.

Sem comentários: