quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Viagem no tempo

Tanta vez já me aconteceu acordar num país completamente diferente daquele em que me deitei. Tanta vez "apago" e, quando volto à realidade, estou noutra cultura onde tudo me parece estranho.
É bem verdade. Lembro-me de outrora, quando era jovem, de estar sempre a pensar noutros lugares, noutros horizontes. Queria sempre mais e mais, ambicionava o conhecimento infinito, viajava sempre que podia. Nessa altura eu estava a tentar descobrir-me. Quando me deitava, deitava-me aqui, na aldeia que me viu crescer e que ainda hoje me vê todos os dias, um espaço pequeno, sem muito para descobrir... No entanto, isso nunca foi impedimento para me expandir.
Cada vez que ia dormir, sonhava sempre com novos países. Mesmo sem televisão, sem revistas, eu imaginava como seria a vida noutros países e até noutros continentes!
Pensava no modo de agir, nas rotinas que os habitantes teriam... E mais, eu tornava-me num deles e descobria-me, conhecia um novo eu e isso ajudava-me a encarar as situações com que me deparava na vida real.
Eram pequenas viagens mentais que me ajudavam a ficar mais sábio, mais conhecedor de mim mesmo, sem sair da minha triste cama naquela casa desgastada.
Ainda hoje gosto bastante de recordar aqueles momentos, de viajar, viajar no tempo...
Miguel Marmeleira, 12.º B

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