quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Os outros


O ser humano vive da relação que tem com os outros. Somos, de um certo modo, uma espécie que vive em comunidade.
Quem acha que poderia viver sozinho no mundo, está totalmente enganado.
Poder viver com outras pessoas e ter uma família que se preocupa com o nosso bem-estar é uma dádiva sem a qual seria difícil viver. Como seria se todos os dias acordássemos de manhã e ninguém estivesse lá para nos dar os bons dias, para nos contar as novidades enquanto esperamos que o leite aqueça, para vir a correr para a rua de robe, com um casaco na mão e a dizer que está frio?
Como seria chegar à escola e não haver ninguém para comentar o penálti da noite anterior, para nos dar um valente murro no braço ou para gozar com o nosso novo corte de cabelo?
Enquanto penso nisto, tenho pena daquelas pessoas que vivem esquecidas na solidão, e sinto-me afortunado por poder viver em comunidade.
É importante para o ser humano sentir que, embora para a grande maioria das pessoas sejamos apenas um grão de areia numa praia extremamente arenosa, somos importantes e não tão insignificantes para outros grãos de areia, nomeadamente para a nossa família.
Muitas vezes nem damos importância a isso mas, por mais amigos que tenhamos, quando algo corre mal e quando estamos quase a bater no fundo, em condições normais, a família, sangue do nosso sangue, vai lá estar para nos amparar a queda. Por isso, concordando plenamente com as palavras de Fernando Savater (Ninguém chega a tornar-se humano se está só: tornamo-nos humanos uns aos outros), devemos dar valor à família e às relações humanas.
Somos o que somos graças a quem nos criou e devemos viver sempre tendo consciência de que a vida só vale a pena se a pudermos partilhar com outras pessoas.
João Bentes, 10.º A

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