segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Ser ou não ser aceite pelo outro


Durante dias e dias, o mundo elogiou a eleição do novo Presidente dos Estados Unidos da América, principalmente pela sua raça. Finalmente a euforia parece ter esfriado.
Existe na nossa sociedade um fenómeno que não é de agora, mas parece estar preso à condição humana: a rejeição. Todos os dias pessoas são rejeitadas por causa da sua cor, da sua raça, das suas crenças ou valores. Tal fenómeno não deveria acontecer numa sociedade justa. Talvez por isso, a eleição de Barack Obama tenha tido tamanho impacto entre aqueles que defendem uma sociedade de iguais direitos e deveres.
O acto de rejeitar implica um sentimento de superioridade ou de ignorância. Rejeita-se o que se teme, o que se desconhece, o que não se entende. Alguns rejeitam apenas porque lhes ensinaram a rejeitar. A aceitação do outro passa pela aceitação de um mundo que não é feito à nossa medida. O nosso umbigo não é o centro do mundo.
O aceitar significa conhecer os nossos limites, assim como os dos outros. Significa também reconhecer as nossas fraquezas e aceitar um mundo sem horizontes. Somos apenas uma das migalhas de um bolo feito com muitos e variados ingredientes.
Se não houvesse (ainda) racismo, não teria sido dada tanta importância à raça do novo Presidente dos Estados Unidos da América. Se não houvesse ainda machismo, talvez pudesse ter sido eleita uma mulher. As diferenças aceitam-se mas o certo é que nem deveriam ser consideradas diferenças.

Marco, 10ºE

Sem comentários: