terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Natal... Uma Época de Consumo



O consumismo é uma tentação à qual todos fazemos por resistir… uns com melhores resultados do que outros! O Natal é apenas mais uma época em que realmente se vê a fraqueza do ser humano face aos “brilhantes” anúncios, brilhantes não só por nos levarem a comprar o que não devíamos, mas também por nos fazerem lembrar Las Vegas em versão “vermelho e verde” (nunca lá fui mas, pelo que vejo na televisão, de facto, é parecido!).
Há também as músicas natalícias depressivas que nos relembram do “Salvador”, do “presépio” e do sofredor “Menino Jesus” e nos fazem ter vontade de chorar, não tanto pela letra dos cânticos natalícios mas sobretudo pela música (porque, efectivamente, nunca ouvi uma música de Natal que me desse vontade de rir!...) Pergunto-me se essas tais músicas não serão, elas também, uma estratégia de marketing: ficamos tristes, logo temos vontade de comprar mais e mais para apagar todas as tristezas…
Alexandra Costa, 11ºC

NATAL. Uma palavra que, quando ouvida, nos transmite harmonia e felicidade.
Infelizmente, hoje em dia, o Natal já não é como era antigamente!...
No tempo dos meus avós, no Natal, quase nem se davam presentes, o que era importante era passar a noite de consoada com a família. Mas, actualmente, tudo mudou: a ceia natalícia tornou-se numa troca interminável de objectos comprados sem amor nenhum! O português quer dar prendas a toda a gente e isso nota-se, depois, nas carteiras de cada um. Os portugueses compram tanta, mas tanta coisa desnecessária, que só visto!... E não dão só uma prenda a cada pessoa, claro que não! A megalomania lusa obriga a oferecer, pelo menos, duas ou três prendas a cada familiar, amigo ou conhecido… É claro que gastam dinheiro à toa!...
Os portugueses têm de interiorizar, de uma vez por todas, que o que conta é a intenção! Face a isto tudo, no Natal há centenas de famílias incapazes de pagar as suas dívidas. Graças à “generosidade” portuguesa (ou será mesmo a “mania das grandezas”?), o português não se contenta com pouco: há que oferecer muito e o melhor possível (leia-se: muito caro)!
Marco Pirata, 11ºC

O Natal é, cada vez mais, uma época de consumo. Parece que é obrigatório as pessoas oferecerem presentes inúteis a todos os membros da família!...
É como se gostássemos dos familiares consoante os presentes que nos dão, como se quiséssemos que as pessoas gostassem de nós, dando-lhes presentes caros… Há mesmo pessoas que pedem créditos para comprar presentes.
E as crianças? Cada vez mais, o Natal significa para elas a altura em que recebem prendas.
Embora eu não seja tradicionalista, acho que se devia voltar ao antigo espírito do Natal, quando bastava às pessoas passar algum tempo com a família para ficarem felizes, sem ser necessário dar prendas para mostrar que se gosta dos que nos são próximos.
Gustavo Galveias, 10ºA

A época natalícia é sinónimo, muitas vezes, de excessos e gastos dispensáveis, sobretudo nas prendas de Natal e na mesa da consoada, onde se reúne toda a família.
Mas, no meio de todo este aparato, por vezes, esquecemo-nos de que a maioria dos presentes que compramos nem serão alvo de grande valor por parte de quem os recebe e nem se dá grande importância ao dinheiro que neles foi gasto. O mesmo ocorre em relação à mesa da consoada, para a qual se compra imensa comida e, no dia seguinte, coloca-se no lixo a maior parte, pois não foi consumida, e nem nos lembramos de todos aqueles que passam fome!...
Helena Herrera, 10ºA

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