domingo, 22 de fevereiro de 2009

Uma crónica que tem muito que se lhe diga... 2008


Comecemos por uma das áreas dominantes do ano: a política! Pôde-se ver uma das mais renhidas eleições de sempre e que marcou a história com o primeiro presidente dos EUA negro, mas, em Portugal, a política também esteve em destaque, principalmente, a política da educação, pois devido às medidas impostas pela Ministra da Educação aos alunos e professores aconteceram inúmeros protestos que expressavam o apreço dos professores pelas suas fantásticas medidas (em caso de dúvida, é totalmente ironia), o que provocou por todo o país mais de cinquenta por cento das escolas fechadas em protesto, a protestos e vigílias por mais de cem mil professores.

Saindo deste tema tão “enfadonho”, vamos para um tema muito mais alegre em Portugal, um tema que tem a ver com as baixíssimas taxas de criminalidade do nosso país (sem dúvida: Ironia), ou seja, o panorama social do país, este ano foi o ano em que mais crimes houve, desde assaltos à mão armada a sequestros, passando por actos de corrupção, branqueamento de capitais e apreensão de drogas em grandes aparatos. Quanto a assaltos e escândalos do género houve imenso assunto por onde falar, desde as “rebeliões” em bairros sociais que eram ditos como uma coisa quase normal e que sempre assim acontecera, a um assalto a um banco por pessoas tão ridículas que tentaram assaltar um bloco de escritórios do BES (apesar de ser de um banco não significa que haja dinheiro). Passando dos assaltos para as “colossais” e “magníficas” apreensões de droga (principalmente as que serviram para mostrar o equipamento da polícia, como é o caso de uma apreensão de droga no Algarve, que movimentou inúmeros carros da polícia, barcos e até helicópteros, para uma apreensão que era apenas de um pequeno barco de pesca com droga, e por este andar quando fosse necessário apreender algo do tamanho de um iate seria necessária a ajuda do Exército e da Força Aérea). Ao menos estas apreensões forneceram droga suficiente para o treino dos cães da polícia (pois essa já tinha sido esgotada quase a meio do ano, por aí se pode ver o treino que os polícias têm dado… aos cães, é claro). Ao falar de Justiça, não se pode passar ao lado dos mirabolantes casos de pessoas que servem apenas para gastar o dinheiro dos contribuintes, dou o exemplo de três: o primeiro é de uma senhora reformada, e com mais de 60 anos, que roubou um creme de cerca de 0.65 € no LIDL, e que foi apanhada e processada, o que custou ao estado cerca de 4000 €, o outro caso é o de um homem que fora apanhado pela polícia pela prática de Carjacking e que, enquanto esperava pelo julgamento, roubou mais um carro, e assim foi presente a tribunal de imediato (quase dava tempo para roubar mais 1 ou 2 carros como o rapaz de 15 anos que roubou 120 carros desde os 11) e quando saiu em liberdade (alguns minutos depois, pois é assim que anda a justiça em Portugal) roubou o carro que estava estacionado em frente ao tribunal. O último, e não menos importante, é de um homem que foi à esquadra e, sem mais nem menos, deu um tiro ao único guarda ali presente, mas, como ninguém estava na esquadra, e o homem estava de costas, e assim não viu a cara do culpado, ninguém foi preso (a culpa não é do sistema de segurança, pois devia estar na pausa do almoço). Para além destes casos, houve outros que eu penso serem classificados como OS INTERMINÁVEIS, quer seja pela falta de pistas, pelos inúmeros recursos ou desobediência a ordens do tribunal, que são os casos: Maddie, Esmeralda, Apito Dourado, Casa Pia; e um caso que é muito especial e que não faz parte d’ OS INTERMINÁVEIS é o do saco azul que, apesar de ter chegado ao fim, a “maravilhosa” senhora foi absolvida de apenas 19 crimes sendo alguns destes os de corrupção (os mais graves).

O próximo subtema, daqui a uns anos, tornar-se-á um caso de polícia, mas, como os agressores são menores, não podem ser presos! Já sabe qual é o tema? É esse mesmo: a violência nas escolas. Começou com uma dedicada aluna que quase matou (para que fique claro eu gosto de hipérboles, ou se for preferível este “matou”, pode ser visto como “tentativa de homicídio psicológico”) a professora por causa de um telemóvel, mas é claro que foi tudo resolvido com uma “pena” magnífica: um pedido de desculpas à professora (que foi tão sentido por aquela aluna dedicada...) e 30 horas de trabalho comunitário (que deve ser menos que um milésimo do número de mensagens no telemóvel) e a pena ao aluno que, infelizmente, filmou a cena e que em vez de ser quem mostra qual é o verdadeiro drama naquelas escolas, é castigado de 20 horas de trabalho comunitário (mas como as coisas estão hoje, a pena não deve passar da primeira manhã).

Outros subtemas do panorama social são também o descuido do primeiro ministro num voo em que fumou um cigarro e pensava não ser proibido (pois claro que não seria proibido, o avião já devia ter as condições de arejamento regulamentadas pelo governo, ou então ele planeava abrir uma janela para o fumo sair!!!), e o último subtema é algo (finalmente) positivo: a lei anti-tabaco foi aprovada e proíbe fumadores em recintos fechados sem as condições necessárias.

O próximo tema foi simplesmente... instável! Pois, a economia andou louca em 2008, desde a falência de um grande banco Lehman Brothers, a preços loucos no petróleo, que ultrapassou os 100 dólares/barril. Neste tema, há muito que falar: primeiro, no panorama internacional, em que os gestores de tão importantes empresas, como a Cadillac ou a General Motors, quase deixaram que estas fossem à falência (pois, assim se descobrem os fantásticos planos de negócio baseados em factos a que ninguém liga, e a gastar dinheiro da empresa como se não houvesse amanhã, pois esta é a única razão para empresas tão antigas e poderosas irem à falência sem que ninguém desse conta).

Quanto ao panorama nacional, aconteceram situações interessantes como o preço das casas terem diminuído em cerca de 50%, o que ajudou a crise a ganhar força, e como queriam que a crise fosse forte e desenvolvida, ninguém ligou às contas do BPN (e, na minha opinião, meses antes do banco quase falir, os responsáveis devem ter-se despedido e , à pressa, contrataram o porteiro), o que fez com que aparecesse sem qualquer previsão, um “buraco” de cerca de 700 milhões de euros (que, claro, é coisa pouca, visto que os lucros anuais do banco não passam de menos de um sétimo do valor). E o Estado, com os maravilhosos planos de recuperação e desenvolvimento das empresas portuguesas, o que é o caso da Ford e da Volkswagen que, para além das condições que têm para estar em Portugal (por exemplo: não pagaram os terrenos das fábricas nem as taxas necessárias para começar a actividade) ainda recebem dinheiro para ter as fábricas por cá.

O penúltimo tema aborda a Cultura, algo que em Portugal está em desenvolvimento. Alguns dos acontecimentos culturais mais importantes foram:
-Os cem anos de Manoel de Oliveira – que, apesar da idade, ainda está a produzir um filme (e este é que será um sucesso, pois toda a gente quer ver um filme realizado por alguém de 100 anos e que é criativo o suficiente para com aquela idade criar algo divertido ao nível de Borat (Isto é a ironia em pessoa).
-Abertura do Museu do Oriente – este museu é um dos mais vistos, contou com 37 mil visitantes no 1º mês (este museu veio de arrasto com a “explosão” de “Chinese Shops”).
-Amy Winehouse – Esta fantástica cantora veio a Portugal apenas para bambolear e emitir alguns sons que poucos perceberam mas que todos interpretaram como música (e assim não tiveram remorsos pelo dinheiro gasto naquele bilhete).

Para finalizar, temos as tecnologias que apenas abordam dois assuntos: O primeiro é a TDT, a tecnologia que mostra imensa qualidade de imagem e som na televisão, e que apesar de tanta emoção apenas estará disponível em 2012. A segunda, mas mais importante, é a invenção que fez com que o primeiro ministro, mais parecesse empregado da Worten, ou seja, o estonteante MAGALHÃES, o fantástico computador que simplesmente não presta e que as crianças da primária vão achar saturante, pois apesar de muito limitado em capacidades técnicas (pois o ecrã da PSP ou do Telemóvel das crianças é quase maior do que o do Magalhães) fez com que fossem realizadas acções de formação para utilizar o computador que não passaram de brincadeiras (penso que lhes foi ensinado, foi o que fazer quando o Magalhães não chega, pois depois de alguns meses, apenas uma pequena parte dos milhares de computadores foi entregue).

É nestes acontecimentos que se baseia o ano de 2008, e por isso esperamos que 2009 seja muito melhor.
João Marques, 10ºB

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