terça-feira, 11 de novembro de 2008

Palavras leva-as o vento...


Desde o primeiro segundo da existência do mundo que este sofre constantes modificações, inovando-se, renovando-se, recriando-se, tornando-se um local mais agradável ao moldar-se à vida terrena. O Homem, como ser pensante e racional, tem vindo a participar nesta constante renovação mundial. Mas esta renovação só foi possível com a invenção da mais básica forma de comunicação que alguma vez existiu e que é o suporte para a verdadeira vida do homem: as palavras. As palavras são o que faz o homem algo mais do que animais, são o que torna dois seres capazes de se expressarem claramente. As palavras já foram, na sua maioria, inventadas e nós agora, como participantes desta constante renovação mundial, temos o trabalho de as reinventar.
As palavras são, assim, o resumo mais sintético da comunicação porque sem palavras nada seria possível. Nem hoje nem nunca. As palavras foram, aliás, inventadas com o homem. Não foram consequência nem causa, foram apenas necessárias. O homem inventou as palavras porque precisava delas, e não porque as quis inventar. Temos de entender a tamanha importância das palavras porque sem palavras, sem o entendimento que elas, por vezes, proporcionam aos seres humanos, nada seria como é e o que mais se assemelharia ao homem que conhecemos seriam os chimpanzés.
Associadas às palavras nasceram várias áreas de estudo como a etimologia. As palavras são vocábulos representativos de algo, abstracto ou concreto, e o seu significado pode nunca ser o mesmo. A reinvenção de palavras é uma consequência do desenvolvimento do mundo e ultimamente tem sido uma constante. Mas não é só da reinvenção de palavras que se dá esta espécie de revolução (ou renovação) cultural, um outro importante factor são os estrangeirismos que globalizam e internacionalizam cada vez mais uma língua. Quem é que nunca ouviu falar em "cybercafé", "e-mail", "soutien", "abat-jour". O que fazemos, no que pensamos, o que dizemos, o que escrevemos, o que ouvimos tem um elo comum: as palavras que são, por si só, a estrutura básica da vida humana.
Tanto há palavras como "paz", "alegria", "cooperação", como há outras como "guerra", "fome", "tristeza"… Se me pedissem para dizer algumas palavras importantes eu diria "amor", "dinheiro", "saúde", "amizade", "felicidade", mas por mais palavras que soletrasse, que lesse ou escrevesse jamais conseguiria dizê-las todas porque "palavra" vale muitas palavras. E jamais esta permanente utilização e renovação de palavras irá cessar porque tanto como as palavras vivem do homem, o homem também vive de palavras.
Valentino Cunha, 11ºA

1 comentário:

8ºE disse...

Estas não são palavras que o vento leva...
Gostei especialmente da expressão "tal como as palavras vivem do Homem, também o Homem vive de palavras".