segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Liberdade em Portugal

A liberdade pode ser definida, de forma positiva, como autonomia e espontaneidade de um sujeito racional. Também a podemos considerar uma condição fundamental na vida de um ser humano.

Há aproximadamente 35 anos atrás, a população portuguesa queixava-se de falta de liberdade devido à opressão salazarista, seguida da opressão de Marcelo Caetano. A verdade é que, com a revolução de Abril, os portugueses conquistaram liberdades individuais e colectivas, tais como a liberdade de expressão ou a possibilidade de formar sociedades/grupos, o que, no tempo do Estado Novo, poderia ser visto como um crime ou uma forma de revolução. Houve, de facto, uma conquista bastante importante com o 25 de Abril, talvez a mais importante de todas, e a população portuguesa parece ignorá-la.

A partir do 25 de Abril, a população portuguesa ganhou o direito e a liberdade de escolher os seus líderes, ou seja, os seus dirigentes. Aparentemente, os portugueses não ligam muito a este direito, uma vez que atingimos taxas de mais de cinquenta por cento de abstenção nas várias eleições que ocorrem em Portugal, sejam elas legislativas, autárquicas ou europeias.

Se os portugueses não votam, então não usufruem das suas liberdades. Logo, será que deverão ser merecedores de todas as liberdades que possuem? Deverão poder queixar-se se o líder eleito não agir de forma correcta? A resposta a estas questões é óbvia.

Em suma, a liberdade é condição essencial à vida dos seres humanos, mas deverá também ser merecida e bem usada.

Regina Manuelito, 12.º A

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