quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Falsos Leitores


Sendo Portugal um país que tem vindo a apostar, nas últimas décadas, em políticas que visam o aumento da taxa de alfabetização, qual será a razão porque cada vez se lê menos? Será que os portugueses não estão conscientes da importância da leitura na sua formação? Como queremos ser um país competitivo, no contexto da União Europeia ou até mesmo mundial, sem que se reforce o gosto pela leitura?
É certo que os livros são caros, e uma parte considerável dos portugueses vive com dificuldades económicas. Mas existem bibliotecas de acesso público, onde os livros não são pagos e a sua consulta está bastante facilitada. Parece é que, hoje em dia, o dinheiro está a ser desperdiçado na compra de “revistas cor-de-rosa”, o que leva a pensar que os portugueses as consideram mais úteis para a sua formação, do que um bom livro, no qual podemos alargar o nosso campo lexical, para além de muitas outras vantagens.
Mas o que é certo é que os inquéritos que têm sido aplicados, e de cujos resultados vamos tendo conhecimento, com alguma frequência, revelam hábitos de leitura que parecem não coincidir com o que nos é dado observar. Provavelmente, esta situação pode ter duas leituras: os inquiridos são aqueles que não praticam o acto da leitura, e conscientes das consequências negativas de não lerem, não têm coragem de o admitir publicamente! Mesmo que os resultados destes inquéritos não sejam reveladores do estado da leitura em Portugal, quero acreditar que não deixam de ser úteis… Os falsos leitores, após responderem às perguntas que lhes colocam, não ficarão mais sensibilizados sobre as suas “deficiências” na leitura? Será que a partir desse momento não terão mais vontade de ler?
Creio que esta minha perspectiva não será de todo irrealista e Portugal poderá ver reforçados os seus hábitos de leitura.


Marta Baltazar, 10ºB

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