sábado, 31 de janeiro de 2009

Apuramento para o Campeonato do Mundo de 2010





29 de Março de 2009

Tenho que ser realista. O nosso apuramento para o Campeonato do Mundo de 2010, a disputar na África do Sul, está em risco. E digo isto porquê? Primeiro, porque realizámos até ao momento cinco jogos oficiais e conquistámos apenas 6 pontos, em 15 possíveis e, por outro lado, vejo que o nosso povo está distante da equipa e não a apoia, como a apoiou no Euro 2004 e, recentemente, no Europeu na Áustria e na Suiça.
É claro que os nossos jogadores e equipa técnica são os principais responsáveis, mas realço que tudo estão a tentar fazer para inverter esta situação adversa. Neste momento difícil para todos os apaixonados do futebol português, era bom que colocássemos todos uma bandeira nacional nas nossas casas e que a selecção voltasse a ter a selecção ao seu lado, a fim de que a equipa sinta o carinho e o afecto dos portugueses e consiga, desta forma, ganhar os próximos jogos. Sim, porque já não vale a pena olhar para trás, mas sim aprender com os erros e olhar positivamente para o futuro.
Tenho esperança nos nossos jogadores: Cristiano Ronaldo, Deco, Simão Sabrosa, entre outros, e tenho a certeza de que vamos ultrapassar esta terrível fase e qualificarmo-nos, pela quinta vez consecutiva, para uma grande competição internacional. Vão longe os tempos em que não nos qualificávamos para uma grande competição internacional e, por isso, temos um prestígio e uma reputação a manter.
Fazendo um ponto da situação, estamos no quarto lugar do grupo, a seis pontos do primeiro classificado (Dinamarca) e a cinco do segundo classificado (Suécia), o que torna a nossa margem de erro muito diminuta, isto se queremos ainda marcar presença no Mundial 2010. Para tal, teremos que vencer a Dinamarca, em Copenhaga, e derrotar as equipas mais acessíveis do grupo como o são Malta e Hungria.
É certo que não dependemos de nós próprios, pois só passam os dois primeiros classificados de cada grupo, mas se conseguirmos aplicar a concentração máxima e jogarmos o que sabemos nos jogos que ainda nos restam, aliando o 12º jogador (adeptos), iremos certamente viajar para o continente africano a fim de participar numa competição que poderá ser memorável para todos nós.

Filipe Margaço, Jornal A Bola

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