Definitivamente de origem francesa, este vocábulo polissilábico fez e continua a fazer furor em terrenos Napoleónicos, contudo já galgou fronteiras e a malta portuga (que não sei como tem grande potencialidade em atrair todas as modas, sejam elas verdadeiramente aproveitáveis ou desastrosamente peneirentas, como deve ser o caso) captou desde logo tal palavra. Mas porque razão? Há quem diga que se deveu à sonoridade, segundo inquéritos a indivíduos que vagueiam descontraidamente por passeios da Caparica e são interceptados por um feroz enxame de paparazi armado de perguntas nauseantes e de sorrisos forçados que levam o pobre entrevistado a perguntar a Deus porque raio saiu de casa naquela tarde solarenga.
Resumindo, não existem razões aparentes para a tara lusitana de gostar…perdão…adorar e revirar olhos por estrangeirismos. Não há dúvida que a qualquer momento o rico vocabulário português será consumido pelos seus irmãos latinos e outros além fronteiras e daremos por nós a expressar frases com ínfimas palavras em português, tal como: (família portuguesa habitante numas águas furtadas em Benfica) “Óh Mary! Deixaste o soutien na roulotte ontem quando fomos à night…Wait…Wait…Penalty pr’ó Sporting!?...Que falta de fair-play do árbito páh!...Mary traz mais uma Mini.”
E este é apenas um dos muitos exemplos das injustiças do futebol…ah perdão…um exemplo que demonstra fervorosamente como a sociedade lusitana ficará daqui a breves anos…ou talvez meses…não…creio que seja iminente.
O vocábulo réveillon não conquistou apenas os patamares altivos da sociedade (nem sei quem foi buscar tal ideia! Lá por a palavra ser francesa não é sinónimo de luxúria e de toques afrodisíacos), pois também ronda celebrações perfeitamente normais e caseiras onde rolhas de cortiça embatem ferozmente no tecto, quase trespassando a carne dos festivos, enquanto que as 12 passas rolam pelo rio de champanhe no esófago da malta às 24h em ponto (para os que não são adeptos de passas, recomendo o bolo rainha, concorrente ao bolo rei, que tem ganho fãs por todo o território lusitano e creio que até t-shirts gravadas com a silhueta do doce é possível arranjar – só para os fanáticos).
A minha última observação recai sobre o facto de tal sonante termo ser traduzido para o nosso ilustre vocabulário latino como a singela palavra “despertar”. Mas onde é que os tradutores esconderam o tom glamoroso e picante deste termo que nasceu numa desajeitada taverna parisiense? Falta ali um radical que consiga vibrar o tímpano de forma diferente (não é que seja perito em música), talvez ao estilo anos 80 – o culminar do radical “-ex” – não me venham dizer que despertex não seria um bom candidato ao troféu.
Sugiram isto aos tradutores, mas primeiro quero ter um discursozito com eles…Esses fulanos devem-me explicações.
Pedro Oliveira, 11ºA
Resumindo, não existem razões aparentes para a tara lusitana de gostar…perdão…adorar e revirar olhos por estrangeirismos. Não há dúvida que a qualquer momento o rico vocabulário português será consumido pelos seus irmãos latinos e outros além fronteiras e daremos por nós a expressar frases com ínfimas palavras em português, tal como: (família portuguesa habitante numas águas furtadas em Benfica) “Óh Mary! Deixaste o soutien na roulotte ontem quando fomos à night…Wait…Wait…Penalty pr’ó Sporting!?...Que falta de fair-play do árbito páh!...Mary traz mais uma Mini.”
E este é apenas um dos muitos exemplos das injustiças do futebol…ah perdão…um exemplo que demonstra fervorosamente como a sociedade lusitana ficará daqui a breves anos…ou talvez meses…não…creio que seja iminente.
O vocábulo réveillon não conquistou apenas os patamares altivos da sociedade (nem sei quem foi buscar tal ideia! Lá por a palavra ser francesa não é sinónimo de luxúria e de toques afrodisíacos), pois também ronda celebrações perfeitamente normais e caseiras onde rolhas de cortiça embatem ferozmente no tecto, quase trespassando a carne dos festivos, enquanto que as 12 passas rolam pelo rio de champanhe no esófago da malta às 24h em ponto (para os que não são adeptos de passas, recomendo o bolo rainha, concorrente ao bolo rei, que tem ganho fãs por todo o território lusitano e creio que até t-shirts gravadas com a silhueta do doce é possível arranjar – só para os fanáticos).
A minha última observação recai sobre o facto de tal sonante termo ser traduzido para o nosso ilustre vocabulário latino como a singela palavra “despertar”. Mas onde é que os tradutores esconderam o tom glamoroso e picante deste termo que nasceu numa desajeitada taverna parisiense? Falta ali um radical que consiga vibrar o tímpano de forma diferente (não é que seja perito em música), talvez ao estilo anos 80 – o culminar do radical “-ex” – não me venham dizer que despertex não seria um bom candidato ao troféu.
Sugiram isto aos tradutores, mas primeiro quero ter um discursozito com eles…Esses fulanos devem-me explicações.
Pedro Oliveira, 11ºA
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