domingo, 14 de dezembro de 2008

O Direito de não acabar de ler um livro



Que direito tão “porreiro” para utilizar em alturas em que já vamos na página vigésima do livro e já passaram três meses. Não há coisa mais enfadonha que um livro de que não gostamos e que temos de acabar de ler. Bom direito, principalmente porque me dá jeito.
Pedro Madeira, nº15, 11ºC
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A meu ver, é um direito que todos os leitores têm. Por exemplo, quando uma pessoa está a ler um livro e se dá conta de que não está a gostar, ou porque o tema não é tão interessante como esperava ou porque não gosta da maneira de escrever do autor, tem todo o direito de não acabar de o ler!
Alexandra Costa, nº2, 11ºC
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Diferentes gostos, opiniões, sentimentos… Tudo nos caracteriza, todos temos o direito de ler ou não, de escolher o que lemos e de ler ou não ler um livro até ao fim. Há livros melhores que outros e livros que são ou não de acordo com os nossos gostos. A maior parte das vezes, conseguimos perceber isso pela capa, pela sinopse, ou até mesmo pelo título, mas, muitas vezes, isso não acontece e é aí que entra o nosso direito de não acabar um livro!...
Alexandra da Costa, nº1, 11ºC
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Todos temos o direito de não acabar um livro! Se o livro parecer interessante no início, ou até porque lemos o resumo, depois no meio não despertar aquele interesse ou sentimento que esperávamos, é normal que deixemos o livro a meio.
Não há nada que diga: “Ângela, tens que ler o livro até ao fim!”, ainda na semana passada deixei um livro a meio!
Ângela Mendes, nº6, 11ºC
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Quando estamos a ler um livro que achamos intragável, podemos usufruir do direito de não acabar de o ler. Contudo, que seja notado o esforço que o leitor utilizou para tentar ler todo o livro, apesar de não lhe ter servido de muito….
Elisabete Prudêncio, nº9, 11ºC
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Este é um direito que é usado por muitos leitores com certeza!... Pelo menos por mim é! Se estou a ler um livro e não o acho interessante, não o acabo! E acabo por emprestar o livro a alguém para ver esse mesmo alguém gostar do livro.
Marco Pirata, nº13, 11ºC
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Por vezes, há livros cansativos, “secantes”, como os adolescentes dizem hoje em dia. Podemos ter o direito de não acabar um livro se não gostarmos, ou o acharmos cansativo. Acho um direito pouco impróprio, porque estou sempre curioso sobre o que o livro nos reserva.
João Louro, nº11, 11ºC
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Este direito demonstra ser um bom direito para aqueles livros bem grandes e bem “seca”… Neste tipo de livros, talvez valha a pena não os acabar, mas quando se trata de um livro pequeno, deve-se ler até ao fim, porque, por vezes, o começo pode ser chato, mas o fim é totalmente diferente, por isso vale a pena continuar a ler.
António Santos, nº7, 11ºC
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Todos temos o direito de não acabar um livro; pois pode ser desinteressante e maçudo. Um livro tem muitas páginas, por isso não precisamos de as ler todas para percebermos o fundamental.
Rute Galinha, nº17, 11ºC
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Cada pessoa pode escolher ler um livro, mas está no seu direito de não acabar de o ler. Cada indivíduo manda na sua vontade, não existe nenhuma lei que obrigue uma pessoa a ler um livro até ao fim.
Neste momento, a nossa sociedade é muito pobre em leitura, muitas das pessoas que lêem um livro é por serem obrigadas, por diversas razões, por exemplo, por contar para a nota, pois têm que apresentar um trabalho sobre esse livro. Outras pessoas lêem, mas, a certa altura, não estão a gostar do que estão a ler e desistem da leitura.
Raquel Cirne, 11ºC
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Este direito é muito utilizado principalmente pela camada mais jovem da nossa sociedade. Muitos adolescentes, ao lerem um livro por obrigação, na escola, por exemplo, não têm tanto interesse pelo livro, pois, geralmente, são livros antigos e com uma linguagem um pouco diferente daquela a que estão habituados. Logo, ao não gostarem do de um livro, não têm interesse em acabá-lo.
Realmente, alguns livros são um pouco aborrecidos, mas é porque não os entendemos e, quando nos explicam de outra forma, até se podem tornar mais “apetecíveis”. Acho que o programa de Língua Portuguesa deveria ter não só obras clássicas, mas também algumas de autores mais recentes, escolhidas pelos alunos…
Márcia Dorotea, nº12, 11ºC
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Toda a gente tem o direito de não acabar um livro, porque, suponhamos que a pessoa em questão começa a ler um livro mas, no decorrer da leitura, o livro revelou-se algo que não estava à espera, ou algo que a decepcionou bastante, ou simplesmente não jantou!... Então, nesse caso, estou de acordo de que devemos exercer o direito de não acabar um livro.
Carlos Dias, nº8, 11ºC

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Natal... Uma Época de Consumo



O consumismo é uma tentação à qual todos fazemos por resistir… uns com melhores resultados do que outros! O Natal é apenas mais uma época em que realmente se vê a fraqueza do ser humano face aos “brilhantes” anúncios, brilhantes não só por nos levarem a comprar o que não devíamos, mas também por nos fazerem lembrar Las Vegas em versão “vermelho e verde” (nunca lá fui mas, pelo que vejo na televisão, de facto, é parecido!).
Há também as músicas natalícias depressivas que nos relembram do “Salvador”, do “presépio” e do sofredor “Menino Jesus” e nos fazem ter vontade de chorar, não tanto pela letra dos cânticos natalícios mas sobretudo pela música (porque, efectivamente, nunca ouvi uma música de Natal que me desse vontade de rir!...) Pergunto-me se essas tais músicas não serão, elas também, uma estratégia de marketing: ficamos tristes, logo temos vontade de comprar mais e mais para apagar todas as tristezas…
Alexandra Costa, 11ºC

NATAL. Uma palavra que, quando ouvida, nos transmite harmonia e felicidade.
Infelizmente, hoje em dia, o Natal já não é como era antigamente!...
No tempo dos meus avós, no Natal, quase nem se davam presentes, o que era importante era passar a noite de consoada com a família. Mas, actualmente, tudo mudou: a ceia natalícia tornou-se numa troca interminável de objectos comprados sem amor nenhum! O português quer dar prendas a toda a gente e isso nota-se, depois, nas carteiras de cada um. Os portugueses compram tanta, mas tanta coisa desnecessária, que só visto!... E não dão só uma prenda a cada pessoa, claro que não! A megalomania lusa obriga a oferecer, pelo menos, duas ou três prendas a cada familiar, amigo ou conhecido… É claro que gastam dinheiro à toa!...
Os portugueses têm de interiorizar, de uma vez por todas, que o que conta é a intenção! Face a isto tudo, no Natal há centenas de famílias incapazes de pagar as suas dívidas. Graças à “generosidade” portuguesa (ou será mesmo a “mania das grandezas”?), o português não se contenta com pouco: há que oferecer muito e o melhor possível (leia-se: muito caro)!
Marco Pirata, 11ºC

O Natal é, cada vez mais, uma época de consumo. Parece que é obrigatório as pessoas oferecerem presentes inúteis a todos os membros da família!...
É como se gostássemos dos familiares consoante os presentes que nos dão, como se quiséssemos que as pessoas gostassem de nós, dando-lhes presentes caros… Há mesmo pessoas que pedem créditos para comprar presentes.
E as crianças? Cada vez mais, o Natal significa para elas a altura em que recebem prendas.
Embora eu não seja tradicionalista, acho que se devia voltar ao antigo espírito do Natal, quando bastava às pessoas passar algum tempo com a família para ficarem felizes, sem ser necessário dar prendas para mostrar que se gosta dos que nos são próximos.
Gustavo Galveias, 10ºA

A época natalícia é sinónimo, muitas vezes, de excessos e gastos dispensáveis, sobretudo nas prendas de Natal e na mesa da consoada, onde se reúne toda a família.
Mas, no meio de todo este aparato, por vezes, esquecemo-nos de que a maioria dos presentes que compramos nem serão alvo de grande valor por parte de quem os recebe e nem se dá grande importância ao dinheiro que neles foi gasto. O mesmo ocorre em relação à mesa da consoada, para a qual se compra imensa comida e, no dia seguinte, coloca-se no lixo a maior parte, pois não foi consumida, e nem nos lembramos de todos aqueles que passam fome!...
Helena Herrera, 10ºA

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Ser Livre...


"Ser-se livre não é fazermos aquilo que queremos, mas querer-se aquilo que se pode."

Jean-Paul Sartre

"Não estou de acordo com aquilo que dizeis, mas lutarei até ao fim para que vos seja possível dizê-lo."

Voltaire

Muitos filósofos debateram-se sobre a questão da Liberdade e da Justiça. A afirmação de Jean-Paul Sartre é, no fundo, uma definição de Liberdade. Este filósofo argumenta que nunca se possui uma liberdade total, mas antes uma liberdade regrada. Concordo com ele, pois se alguns de nós (bastava alguns!)possuíssem uma liberdade total, os outros deixariam de ter liberdade. Imaginemos, por exemplo, dois vizinhos. Se um tivesse mais "liberdade" que o outro, poderia muito bem invadir a casa do lado porque era livre de fazê-lo e o vizinho visado nada poderia fazer contra ele, perdendo assim toda a sua liberdade. Ora, este exemplo, mostra-nos que o conceito de liberdade está intimamente relacionado com o conceito de justiça, pois sem justiça a liberdade de uns iria "sugar" a liberdade de outros (como no exemplo que anteriormente referi).
Neste contexto, entra de certo modo, a afirmação de Voltaire. "Não estou de acordo com aquilo que dizeis, mas lutarei até ao fim para que vos seja possível dizê-lo." É justo que todos possuamos liberdade (desde que a nossa liberdade não vá contra a dos outros), logo é um dever que todos lutemos por ela. Deste modo, mesmo que não concordemos com o "uso" que os outros fazem da sua liberdade, devemos sempre prezá-la como um bem maior.
Embora pareça antagónico, as regras existem para permitir, ou melhor, para garantir o usufruto pleno da Liberdade. Graças a elas, podemos ter a certeza que ninguém irá "subjugar" a nossa liberdade. Para isso, devemos também fazer a nossa parte: agir de acordo com aquilo que podemos de facto fazer, sem prejudicar a liberdade dos outros, ou pegando na frase de Sartre, "querer-se aquilo que se pode", ao invés de "fazermos aquilo que queremos". Assim sendo, devemos sempre lutar pela causa da Liberdade, tal como Voltaire, que apesar de não concordar com algumas pessoas, lutou sempre para que elas tivessem direito à Liberdade (no seu caso particular, a liberdade de expressão).

Gabriela Calção, 12ºA


Muitas vezes é necessário recorrer à reivindicação, ao protesto como forma de construção da Liberdade e da Justiça.
Para Ricardo Reis, o Homem não era livre, apenas possuíndo uma liberdade ilusória, submetendo-se à vontade dos deuses.
Na minha opinião, a nossa liberdade existe, mas também é verdade que não a podemos considerar uma liberdade absoluta, sem limites, nem restrições. A nossa liberdade é relativa, na medida em que Liberdade não significa fazer tudo aquilo que queremos, como afirma Jean-Paul Sartre, mas sim agir de acordo com a nossa consciência, dentro dos limites do possível.
Neste sentido, a nossa liberdade é possivel até ao momento em que interfere na liberdade do outro. Por isso, ser-se livre deve ser um direito universal, porém, também implica alguns deveres, tal como a responsabilidade que devemos assumir pelas nossas acções.
Toda a Humanidade tem direito à liberdade de expressão, a manifestar os seus pontos de vista e, por isso, também tem que existir respeito pelos outros e pelo seu livre arbítrio; cada um deve ter liberdade de escolha: a nível religioso, político, social, etc.
Mas nem sempre isso acontece. Por exemplo, muitas são as notícias relativamente aos conflitos religiosos existentes na Irlanda, devido à não aceitação da diversidade de religiões aí existentes, ou nos países muçulmanos, em que não é dado o direito à liberdade de expressão à mulher, por não ser considerada a igualdade de direitos.
A verdade é que só se construirá um mundo mais justo se não houver discriminação e se se respeitar o livre arbítrio, a liberdade de escolha de cada ser humano, permitindo um dos mais importantes tipos de liberdade - a liberdade de expressão.
Contudo, muitas vezes, não é dada essa oportunidade de expressar livremente as nossas ideias ou opiniões, como acontece em países onde a ditadura e o autoritarismo reinam, como já aconteceu em Portugal, durante o Estado Novo.
É, então, de notar a importância do protesto, da manifestação, da reivindicação para fazer valer os nossos ideais e os dos outros.

Joana Aldeias, 12ºA

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Consumismo na época de Natal


Na minha opinião, o consumismo é cada vez maior, pois existem cada vez mais famílias endividadas.
Com o passar dos anos, dou conta que nas televisões e nos supermercados a época natalícia começa cada vez mais cedo. O objectivo dos comerciantes e directores de superfícies comerciais é que os consumidores comecem a comprar cada vez mais cedo e que comprem mais.
Na minha família mais próxima (pais e avós), não existe muito esse hábito e não estou sempre à espera de receber prendas, mas vejo que, por exemplo, no resto da família, a mais afastada, acontece o contrário.
Os números assustadores, que passam nos telejornais nos dias seguintes a esta época, são um bom exemplo de como existe cada vez mais um endividamento das famílias. É esta a consequência principal deste consumismo exagerado. Já tentei perceber o que se passa na cabeça das pessoas para isto acontecer, mas não consigo perceber! Será que não percebem, à primeira, que ao comprarem cada vez mais, ficam com cada vez menos dinheiro no bolso? Não sei! Sinceramente não compreendo!
É uma situação triste, visto que está a ficar cada vez pior. Vamos ver o que nos espera estes anos e se as pessoas tomam consciência dos seus actos de uma vez por todas.
Alexandra Costa, nº2, 11ºC

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

O Direito de Saltar Páginas


A electricidade vertiginosa do pensamento escorre-lhe pela ponta dos dedos enquanto folheia. Um personagem às portas da morte e a pressa cega-lhe a obrigação de ler ininterruptamente. A leitura enfeitiçada despreza o cheiro do mar, as cores da paisagem e os infinitos horizontes enumerados. Adiante, adiante…Os sons de um quase fim-do-mundo quebram o silêncio da mente, agitada; camuflam o virar frenético das páginas. O encanto em estilo de torpor de um quase lá, quase lá. Saltar mais algumas. Mais mar. Outro dos infinitos horizontes. O chato. Os dois chatos. Andando, andando. Saltando mais. A revolta da urgência arranca-lhe a percepção de ordem e quebra a quietude do livro. O poder arrogante do enredo não o deixa continuar. Uma página folheada, quase quase, outra pagina, oh!, outra ainda e a descoberta por fazer, já feita, entreabriu nova urgência. Saltem-se várias de uma só vez. Porque o herói prestes a morrer, o reencontro prestes a fazer-se, a intriga quase divulgada imploram pelo fim, um quase fim. As que ficaram para trás serão decifradas mais tarde [talvez nunca], quando a electricidade tiver sugado irreversivelmente o desassossego, quando a curiosidade se tiver afogado no gosto prazenteiro mas calmo da leitura, mais uma vez, e restem apenas sobras do desejo sereno de continuar a ler, sem saltá-las. Até que tudo recomeça. E o quase-quase do só-mais-esta volta a ser tão legítimo como antes. E saltam-se mais páginas.
Helena Couto, 11ºA

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Ser ou não ser aceite pelo outro


Durante dias e dias, o mundo elogiou a eleição do novo Presidente dos Estados Unidos da América, principalmente pela sua raça. Finalmente a euforia parece ter esfriado.
Existe na nossa sociedade um fenómeno que não é de agora, mas parece estar preso à condição humana: a rejeição. Todos os dias pessoas são rejeitadas por causa da sua cor, da sua raça, das suas crenças ou valores. Tal fenómeno não deveria acontecer numa sociedade justa. Talvez por isso, a eleição de Barack Obama tenha tido tamanho impacto entre aqueles que defendem uma sociedade de iguais direitos e deveres.
O acto de rejeitar implica um sentimento de superioridade ou de ignorância. Rejeita-se o que se teme, o que se desconhece, o que não se entende. Alguns rejeitam apenas porque lhes ensinaram a rejeitar. A aceitação do outro passa pela aceitação de um mundo que não é feito à nossa medida. O nosso umbigo não é o centro do mundo.
O aceitar significa conhecer os nossos limites, assim como os dos outros. Significa também reconhecer as nossas fraquezas e aceitar um mundo sem horizontes. Somos apenas uma das migalhas de um bolo feito com muitos e variados ingredientes.
Se não houvesse (ainda) racismo, não teria sido dada tanta importância à raça do novo Presidente dos Estados Unidos da América. Se não houvesse ainda machismo, talvez pudesse ter sido eleita uma mulher. As diferenças aceitam-se mas o certo é que nem deveriam ser consideradas diferenças.

Marco, 10ºE

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Livro: o meio mais poderoso de sempre?


“O livro é um meio incrivelmente poderoso. Deve, aliás, ser o meio mais poderoso de sempre.”

Steve Johnson

Um livro é um meio incrivelmente poderoso porque, por mais que os meios tecnológicos evoluam, um livro nunca é esquecido e é insubstituível. Se não fosse poderoso, não existiam os concursos de leitura, as bibliotecas, as feiras do livro, e outras actividades de leitura.
Nunca ninguém foi capaz de substituir um livro numa escola por um meio tecnológico! Isso mostra o poder que um livro tem!
Alexandra C. 10ºC
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Um livro pode defender longos argumentos, se o livro não fosse poderoso e insubstituível, nas escolas e bibliotecas não haveria livros, pois embora já existam blogues e muitas outras “coisas” na Internet, nunca nada virá substituir o livro. O livro é único!
Na nossa escola está a decorrer a feira do livro, uma tradição que já existe há alguns anos, e que mostra a importância que o livro tem para a comunidade.
David Batista, 10ºC
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Um livro é, de facto, um meio extremamente importante, pois é através dele que pessoas transmitem as suas ideias, opiniões e partilham a sua imaginação. Um livro é também um porto de abrigo onde os verdadeiros leitores (os que lêem por prazer) se refugiam do mundo real, e entram nas histórias dos livros.
João Coelho, 10ºC
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Um livro é incrivelmente poderoso porque interfere imenso na vida das pessoas. A Internet, os ipods, o mp3, a televisão, e até o Magalhães, nenhuma destas “coisas” chega a ocupar o lugar de um livro!
Ruben Mártires, 10ºC
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O livro é um meio incrivelmente poderoso, pois o livro é insubstituível. Através do livro, conseguimos contar a “nossa” história devidamente pormenorizada, algo que através da Internet, dos ipods, ou até mesmo dos e-books, não conseguimos! O livro é tão poderoso que mesmo havendo cada vez mais o interesse e a utilização das novas tecnologias, ninguém diz que o livro já não é preciso ou importante.
Verónica Rijo, 10ºC
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O livro é um meio poderoso porque tem muita importância nas nossas vidas. É muito valorizado em todo o lado: nas escolas, em casa, nas bibliotecas, etc.
Torna-se um vício para muitos, uma “seca” para outros, mas, de qualquer forma, é lido! E, apesar de todas as tecnologias que existem no mundo de hoje, o livro continua a ser aquele que mais se admira.
Alexandra Silva, 10ºC
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Por mais e-books que existam, as pessoas optam, cada vez mais, por ler o tradicional livro de páginas de papel. O livro é um meio de aprendizagem muito vasto, mais do que a Internet.
Raquel Pereira, 10ºC
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As escolas têm imensas actividades de leitura. Porquê? Porque, por mais computadores e Internet que se utilize, nunca o livro será substituído. Mesmo que um indivíduo não goste de ler, acaba por fazê-lo ao ler jornais, revistas, legendas de filmes, etc.
Jessica Rodrigues, 10ºC
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O livro é, de facto, uma força poderosa porque foi, desde sempre, através dele, que os povos aprenderam matérias e deixaram o seu contributo para as gerações seguintes. Foi através do livro que se espalhou (e continua a espalhar-se) todo o conhecimento, ao longo do tempo. É verdade que as novas tecnologias serão o futuro da humanidade, mas não nos podemos desprender do que nos fez crescer, daquilo que alimentou todo o nosso conhecimento. Vamos imaginar o livro como a pessoa que nos ensinou a andar e a Internet como quem nos ensinou a correr… Nunca saberíamos correr, se antes não tivéssemos aprendido a andar!
Jessica Lage, 10ºC
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Os livros são incrivelmente poderosos e insubstituíveis. Apesar de existirem muitos meios tecnológicos, que nos ajudam a encontrar a informação de que precisamos, como a Internet, o livro é eterno, é um amigo que merece a nossa confiança. O livro acompanha-nos para todo o lado. E não podemos esquecer-nos dos belíssimos escritores portugueses que constituem a nossa literatura, cuja forma primitiva de divulgação foi… o LIVRO!
Marina Pereira, 10ºC

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Crónica ao Sol


O Sol é um malandro! Hoje acordei esperando abrir a janela do quarto e ser obrigado a “refechar” os olhos pela claridade que se ia fazer sentir no meu rosto, mas não foi o que se passou. O Sol não se via, havia uma enorme quantidade de nuvens à sua frente.
Atraiçoado pelo Sol, o meu mau humor era evidente. Com esse mau humor estampado no rosto, lavei-me, vesti-me, comi e segui. Repeti a minha rotina, passei pelo café e comi um bolo e bebi um café. Nesse curto espaço de tempo, deu a meteorologia na televisão, onde disseram que o Sol enganou o mundo; no dia anterior tudo apontava para um belo dia de Sol, mas no presente dia o Sol não raiava em lado nenhum.
Muito irritado por uns profissionais de “meia tigela”, se for preciso com apenas meio curso, não saberem prever aquilo de que vivem, saí do café, ergui a cabeça em direcção ao céu e o Sol raiou em mim, só em mim, o resto continuava mergulhado na sombra. Tomei isso como um sorriso de gozo, fiquei fulo! “Maldito, malandro, sacana! Seu cobarde! Sai das nuvens, mostra-te e ilumina o mundo, faz os girassóis sorrirem, tira o mau humor que tenho por tua causa e o de todos os outros que decerto também o terão pelos mesmos motivos que eu.” Dito isto, o sol escondeu-se ainda mais, o cinzento tornou-se cinzentíssimo, quase preto, e começou a chover. Só tive tempo de meter o jornal trazido do café por cima da cabeça e corri para dentro do primeiro táxi que vi. Segui para o trabalho e, de lá, vi o triste dia que se tinha posto. Durou todo o dia e outra coisa não esperei dele.
Depois disto, vi que nunca mais posso confiar no Sol; quanto mais esperamos dele, menos ele nos dá. A minha opinião mantém-se: o Sol é um maldito! Mas sejamos sinceros, é um belo maldito…

Fábio Gandum, 10ºE

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

"Quis saber o que é o desejo"



Quis saber o que é o desejo,
De onde ele vem;
Perguntei aos antigos e virtuosos
de onde me chega o ensejo do desejar.
Respondeu-me a ignorância
em poesia quebrada, ridícula,
quando os altos risos me fizeram corar.
Mesmo o eco da montanha me ignorou a voz
Engoliu-me em desesperos
estrangulou-me o ego
cegou-me toda a vontade
secou-me a fonte das loucuras
e perdi-me nos tempos da eternidade
à procura da origem do desejo,
que não nasceu da terra
não caiu do céu nem se fez da água
e se perdeu no absurdo da espécie
que assim ama tanta irracionalidade.
Mas a paixão
e os enigmas da paixão
o desejo
e a paixão dos enigmas
vez alguma se esqueceu;
consumiu-me na demência
da busca do início;
dos primórdios da imprudência,
do limiar do desespero,
da cegueira, do fim das vontades
até mil eternidades
contra a maré
provarem o espírito e a fé
de que o desejo não se cria,
não nasceu; a paixão não se fez,
é.

Helena Couto, 11ºA
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Quis saber o que é o desejo
De onde ele vem,
Descrevê-lo num efémero beijo,
Trocado por ninguém.
Qual visão, qual fala, qual melodia apaixonada,
Que me rasga os olhos e mostra
Aquilo que é tudo e não é nada?
Diz que é puro e inocente
E que me trespassa ferozmente;
Tudo arde, tudo consome,
A dor é tanta que não dói
E em vez disso, fome.
Sim, fome…
Perturbadora, instável…
O sangue flui rápido pelas veias,
Um segundo passa calmo, insaciável…
Penso demais…
As palavras amontoam-se na boca,
Não ando… a voz fica rouca…
Ah! Ignorância louca,
Que estou aqui sem poder mais.
Até que… ela desaparece,
Um segundo passa a ser um segundo,
Estou de volta ao mundo
E o desejo já me conhece.


Pedro Oliveira, 11ºA
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Quis saber o que é o desejo
De onde ele vem
Ao tentar conhecê-lo
Dei conta que o sei bem

É disto que falo
O desejo…
É aquilo por que tanto anseio.

Aspiro ao que não tenho e quero
Corre por mim tal cobiça
E sem querer, adultero

O propósito para o qual me esmero
És tu, desejo,
Que me consomes!
Por ti almejo!
Se só assim conseguir vibrar
Oitavo pecado mortal
Despertas em mim um instinto
Para além do natural
Mexes com o que sinto
Fazes-me querer
Fazes-me mover
Fazes-me viver!

É isto o desejo:
Anseio
Cobiça
Almejo

Vanda Paixão, 11ºA
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Quis saber o que é o desejo
De onde ele vem
E porquê?
Isso eu não sei

Quando eu era pequenina
Por um desejo fui preenchida
Desvendar as palavras
Que utilizo na minha vida

Simples palavras
Vontades, ambições
O querer, o sonhar
O lutar, o vencer
Nunca baixar os braços
Guerrear
Por ti, só por ti
Minha paixão, minha ambição
Como te definir
Eu não sei
Só sei que gosto de te ter
Ambição minha,
Que me fazes lutar
Anseio de conquistar
Desejo, és tu que me moves,
Contra marés, contra luas
Por ti, meu desejo
Eu percorro tantas ruas
Batendo a portas e janelas
Ansiando uma resposta
De quem por detrás delas
Faça prevalecer minha aposta.

Anseio de viver
Desejo de alcançar
É tudo aquilo que sonho
E pelo que vou lutar

Melissa Ramos, 11ºA
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Quis saber o que é o desejo
De onde ele vem
E para onde ele vai.

Perguntei a mim próprio:
O desejo é aquilo que se deseja?
É anseio?
Ou apetite?
Ou será aquele sentimento que me cobiça?

(…)

Se há alguma coisa que aprendi é que
Na vida existem duas tragédias:
Uma, a de não satisfazermos os nossos desejos;
A outra, a de os satisfazermos.

Dominic Pinhão, 11ºA
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Queria saber o que é o desejo
De onde ele vem
Queria saber como é desejar alguém.
Procurei
Procurei até finalmente encontrar
O verdadeiro significado da palavra desejar.
Foi então que percebi
Que desejo é sinónimo de paixão
É desejar o olhar, o toque, o sorriso
É desejar tudo isso
Como se nada mais fosse preciso.
É querer a presença da pessoa desejada
Apenas isso, mais nada…
(…)
Brigite Alves e Dorin Golovca, 11ºA
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Quis saber o que é o desejo
De onde ele vem
Quis saber como era
E que aspecto tem.
Pensei se viria do chão,
Do céu.
Pensei até se estaria numa caixinha
Para a qual a chave era o nosso coração.

Procurei então em todas as caixinhas
Das mais pequenas às maiores
Em vão…

De tanto procurar começava a cansar-me
Estava a desistir do desejo encontrar
Foi então que o meu coração falou
E baixinho me segredou:

“O facto de quereres tanto o desejo encontrar,
Tornou-se no teu desejo mais difícil de alcançar.”

Cátia Jeremias e Catarina Bernardino, 11ºA
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Desejava-te e tu a mim
Sem compreender o que é desejar…
Quis saber o que é o desejo,
De onde ele vem.
Procurei… Procurei…
Não encontrei…
No céu não estava,
Nas profundezas do mar mergulhei
No fim do mundo procurei,
Procurei… Procurei…
Não tinha outro desejo senão encontrá-lo
Desapareci, escondi-me, pensava que estava
algures… Mas não!
Desejei-te… Enlouqueci…
Era tarde.
O desejo correu em mim,
Mas não podia mais…
Desvaneci… Não encontrei…
E teu desejo
Ficou em mim…

Ruben Carvalho, 11ºA
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Quis saber o que é o desejo
De onde ele vem
(…)
Aquele sentimento eterno
Que nada tem a ver com o inferno,
Que nos acompanha ao longo da vida
Para que seja bem vivida.

Fábio Perdigão, 11ºA
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Quis saber o que é o desejo
De onde ele vem.
Quis saber
O que era o amor,
E fui até mais além.
Além da terra e do mar,
Mas só no teu olhar iria encontrar
Uma vasta compreensão e alegria,
e foi aí que aprendi a amar.
Mas amar só não bastava,
Queria o toque do teu beijo,
E com paciência incontrolável,
Finalmente percebi o que era o desejo.
O amor e o desejo uniram-se num só,
Foi um laço tão firme
Como duas cordas com um nó.
(…)
Tiago Ouro, 11ºA
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Desejo… não sei como é que uma única palavra pode conter tantos significados, segredos, histórias, enfim tanta emoção.
As folhas da minha imaginação não seriam suficientes para descrever o que é o desejo, o que vem com ele e o que ele causa. Dizem que o desejo é o sentimento mais forte que temos mas que não conseguimos alcançar, daí desejarmo-lo tão intensamente. Eu não acredito em tal coisa, seria insensata se o fizesse, pois ao desejarmos uma coisa tão profunda, tão importante, se ela se realizasse, mudaria drasticamente a nossa vida e nós não estamos habituados a tal mudança.
Sendo assim, decidi chamar utopia ao verdadeiro desejo… a utopia vem da nossa personalidade, é uma mistura perigosa de muita paixão e pouca racionalidade, mas é a mistura que nos dá força para todos continuarmos a viver. Acho engraçado quando penso na minha utopia e sinto quanto a quero, também noto que uma parte de mim a afasta.
O desejo é então a necessidade que nós temos num determinado momento e que tem um grau de importância ligeiramente superior a outras coisas em que estamos a pensar.
Sendo a utopia uma coisa tão boa, tão secreta, vou conservá-la no meu pensamento onde ninguém lhe pode tocar… ficando só minha para sempre.

Joana Dias, 11ºA
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“Quis saber o que é o desejo, de onde ele vem”. Esta era a pergunta que me assombrava há algum tempo atrás. Tudo começou naquelas tardes de Verão mesmo quentes, vocês sabem, daquelas em que só se está bem deitado na banheira com água bem gelada, o rádio na MBD e uma grande limonada na mão. Ora, depois do belo banho refrescante, e no caminho para o lanchinho das cinco, os meus olhos prenderam-se num título de livro: O Desejo.
Não sei o que me passou pela cabeça na altura, mas fiquei com aquilo metido na cabeça. E já que estava de férias, por que não dedicar um pouco de tempo à questão: “O que é o desejo?”
Procurei debaixo do tapete, atrás da televisão e até no fogão, mas parecia não haver resposta para esta questão.
Então, fez-se luz sobre a minha cabeça, o dicionário haveria de ter a explicação, não fosse ele considerado por muito gente, o “livro das respostas”. Comecei a virar as páginas como uma criança a abrir a sua prenda de Natal, até que lá estava a palavra:
Desejo – forte sentimento de fazer ou ter algo.
A excitação transformou-se em desapontamento. Uma explicação tão pequena para uma palavra que diz tanto!
Não contente com o resultado, decidi sair à rua para tirar a explicação por mim mesmo.
Passei por um café, e sentei-me à espera numa hora de muito movimento, teria que conseguir achar respostas. Ao longe, ouvi a Sra. Julieta dizer à empregada de balcão: “Eu iria desejar um galão e meia torrada, se faz favor.”
Fiquei mesmo chateado. Será que o dicionário tinha mesmo razão? Mas, dentro de mim, parecia que aquela definição não fazia sentido…. Voltei para casa e caí no sofá. Para tentar afastar o mau humor, fiz um rápido zapping pela televisão, quando para meu espanto ouço a frase perfeita a ser proferida por um qualquer actor daqueles filmes antigos na RTP Memória: “O homem inteligente irá amar, os outros irão desejar.”
Tudo fez sentido a partir desse momento, a minha definição de desejo havia sido encontrada e não estava debaixo do tapete, nem atrás da televisão, nem mesmo dentro do fogão, mas sim dentro de cada um de nós, pois essa é a fonte do desejo, é o nosso interior, os sentimentos que desperta em nós, uma certa afeição pelo objecto, no entanto, a natureza do desejo é nunca estar satisfeito e, por vezes, somos escravos dele. Sejamos francos, a maior parte das nossas vidas é construída e baseada em torno do desejo, e nós estamos tão habituados a ele que consideramos a satisfação dos nossos desejos indispensável, e, quando se pensa dessa maneira, tornamo-nos escravos dele. Esta é a minha resposta ao desejo. E agora procuro outra resposta: Viveremos em torno de utopias?

“Há duas tragédias na vida: uma é não obter aquilo que desejamos, a outra é obtê-lo.”
George Shaw, 1903

José Esfola, 11ºA
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Todos os seres humanos têm desejos e estes comandam a vida de cada um. O desejo é tudo aquilo que o homem quer e ambiciona, tudo aquilo com que sonha.
A emoção despertada pelo desejo leva-nos, algumas vezes, a fazer coisas e tomar decisões que podem ser certas ou erradas.
Todo o ser humano sonha em realizar os seus desejos, mas, para isso, cada um de nós tem que lutar para conseguir concretizá-los.

Manuel Romão, 11ºA
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Quis saber que sensação é essa, que me faz saltar os níveis de adrenalina. Quis saber que força é essa que me move e me faz sentir vivo.
Será orgânico? Algo sintético ou natural? Mexe-se? Será, decerto, algo sobrenatural. Uma emoção tão humana que é humanamente impossível de perceber?
Não se combate, não se previne, não se cura. Será assim tão grave ter desejos? E se eu desejar saber o que é o desejo? E se eu desejar saber de onde ele vem? Continua a ser mau? Se é que alguma vez foi bom…
Luxúria ou ambição? Os meus desejos são algo que só eu compreendo; eu a quem mais desejar o mesmo que eu. Porque não se explica nem se entende, deseja-se e pronto. Desejo porque me apetece, por vezes com razões que eu próprio desconheço. E porque tudo o que é humano é um pau de dois bicos (bom e mau), e tudo o que é bom faz mal… será o desejo mesmo mau? Virão os desejos da Terra Prometida, da Terra do Nunca? Se assim é… para quê ter desejos… para quê ter ambições… De qualquer maneira, dê lá por onde der, seja o que for que o desejo é, ou de onde ele vem, a verdade é que acabamos sempre por ter de lutar pelo que queremos. Seja isso bom ou mau, é provável que nós, e apenas nós, o compreendamos.

Francisco Oliveira, 11ºA
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Desejo! Afinal o que é o desejo que tanta gente deseja? O que é o desejo que tanta gente sente? O desejo é tudo, somos nós, é o outro, é o que está entre nós e o outro. Desejar é querer e desejar é mais que amar. Quem ama deseja mas quem deseja ama, quer, vive! Eu quis saber o que é o desejo e de onde ele vem, mas afinal não é o amor apenas um dos sentimentos mais básicos do homem? Desejar é querer mais do que se quer, é sentir mais do que se sente, é almejar mais do que se almeja. A vida é parte do desejo, assim como o desejo é parte da vida. É a relação que não existe mas deseja-se, é o amor entre quem não se pode amar, mas deseja-se, é o ser e o estar, é o amar e apaixonar, é o querer e possuir, desejar é tudo, desejar é viver.
O desejo sente-se em todo o corpo, o desejo tem-se, possui-se. Somos hoje e sempre fomos movidos pelo desejo. Desejamos desejando o desejo, vivemos hoje, apenas e só, pelo desejo de viver! Afinal, desejar não é posse de ninguém, não depende das classes sociais nem da orientação sexual, nem do sexo nem da idade. Desejar é universal, e tão universal que não há ninguém neste mundo que não deixe de desejar, porque quando o fizer já não há amor, já não há vontade, já não há vida. O desejo é simplesmente isto, viver. E porque quem vive nunca se deve cansar de viver, quem deseja nunca se deve cansar de desejar. Para mim, desejar é viver!

Valentino Cunha, 11ºA

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Artes Desvalorizadas



Porquê desvalorizar a cultura se ela é tão importante para nós? Não percebo por que motivo é que o Ministro da Cultura aposta cada vez mais na cultura, se a população não a sabe apreciar. Há tantos estudantes que vão, neste momento, para um Curso Científico-Humanístico de Artes Visuais, como eu, e depois chegam cá fora e não têm emprego!
É uma injustiça andarmos tantos anos a gastar imenso dinheiro (durante três ou quatro anos numa Universidade), e não termos emprego quando acabamos o curso! Quando isso acontece, temos de ir trabalhar para um café, servir às mesas ou ir para uma fábrica trabalhar numa linha de montagem! Não é que não sejam trabalhos dignos como todos os outros, mas, afinal, andamos na Universidade a fazer o quê?
Falemos, por exemplo, da dança. Por que razão ninguém vai a um espectáculo de dança? Será porque estamos a passar por uma crise económica muito grande e não temos dinheiro para tal? Não me parece que esse seja o problema. Será por não ser devidamente divulgado? Perguntas sem resposta! Como dizia uma bailarina muito conhecida, Martha Graham, “o corpo diz o que as palavras não conseguem dizer”, isto é, os bailarinos demonstram a sua arte através do corpo, este é o seu instrumento de trabalho. Sem ele não podem trabalhar, se se lesionam não ganham dinheiro, se não ganham dinheiro, não têm como pagar as contas lá de casa, logo ficam endividados, sendo perseguidos pelos bancos.
Nos teatros, já se vê mais gente do que, por exemplo, há trinta anos atrás! A população já começa a apreciar assistir a uma boa peça de teatro depois de um jantar agradável, ao sábado à noite. Também podem ser influenciados pelos amigos, ou então pela amiga que tem uma vizinha que foi assistir àquela peça, que saiu há pouco tempo, e lhe disse que é muito gira. Poderá ainda ser porque um dos actores que está a fazer a peça de teatro é “um que faz de não sei quem” na telenovela da TVI (até pode ser um péssimo actor, mas é muito giro e tem muita piada) e então lá vão elas ver a peça de teatro, ou o musical. Reparem que eu disse que “a peça ATÉ poderia ser boa, mas também poderia ser uma treta”, no entanto, as pessoas vão SÓ para ver o tal actor!
O Teatro é uma das artes mais valorizadas, e ainda bem que assim é! Só acho que se deviam valorizar outras artes como, por exemplo, a pintura, a escultura, a dança… Todos temos de contribuir para que as artes sejam mais valorizadas!
TEMOS DE FAZER ALGUMA COISA PELAS ARTES NO NOSSO PAÍS!


Marta Neto, 10ºE

domingo, 16 de novembro de 2008

Dez Mandamentos do Candidato a Escritor



1. Acreditar que todos somos criativos.



2.Observar discretamente… mas observar, observar, observar…



3.Mergulhar nas histórias dos outros para as sentir, sejam elas em livro, filme, música, teatro, pintura, dança…



4.Não sentir vergonha de ter um olhar diferente sobre as coisas.



5.Não falar do que se está a escrever, a menos que se queira.



6.Guardar tudo o que se escreve, mesmo o que não esteja bem.



7.Comover-se, divertir-se, arrepiar-se com as linhas que aparecem à nossa frente.



8.Conseguir ouvir as críticas, sabendo que elas são sempre uma visão do texto, não a única.



9.Conhecer as personagens tão bem, que façam parte da nossa vida.



10.Escrever em qualquer sítio, a qualquer hora, no papel ou na mente, sem limites.


In QUERO SER ESCRITOR, Manual de escrita criativa para todas as idades, Margarida Fonseca Santos e Elsa Serra, Oficina do Livro

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Palavras leva-as o vento...


Desde o primeiro segundo da existência do mundo que este sofre constantes modificações, inovando-se, renovando-se, recriando-se, tornando-se um local mais agradável ao moldar-se à vida terrena. O Homem, como ser pensante e racional, tem vindo a participar nesta constante renovação mundial. Mas esta renovação só foi possível com a invenção da mais básica forma de comunicação que alguma vez existiu e que é o suporte para a verdadeira vida do homem: as palavras. As palavras são o que faz o homem algo mais do que animais, são o que torna dois seres capazes de se expressarem claramente. As palavras já foram, na sua maioria, inventadas e nós agora, como participantes desta constante renovação mundial, temos o trabalho de as reinventar.
As palavras são, assim, o resumo mais sintético da comunicação porque sem palavras nada seria possível. Nem hoje nem nunca. As palavras foram, aliás, inventadas com o homem. Não foram consequência nem causa, foram apenas necessárias. O homem inventou as palavras porque precisava delas, e não porque as quis inventar. Temos de entender a tamanha importância das palavras porque sem palavras, sem o entendimento que elas, por vezes, proporcionam aos seres humanos, nada seria como é e o que mais se assemelharia ao homem que conhecemos seriam os chimpanzés.
Associadas às palavras nasceram várias áreas de estudo como a etimologia. As palavras são vocábulos representativos de algo, abstracto ou concreto, e o seu significado pode nunca ser o mesmo. A reinvenção de palavras é uma consequência do desenvolvimento do mundo e ultimamente tem sido uma constante. Mas não é só da reinvenção de palavras que se dá esta espécie de revolução (ou renovação) cultural, um outro importante factor são os estrangeirismos que globalizam e internacionalizam cada vez mais uma língua. Quem é que nunca ouviu falar em "cybercafé", "e-mail", "soutien", "abat-jour". O que fazemos, no que pensamos, o que dizemos, o que escrevemos, o que ouvimos tem um elo comum: as palavras que são, por si só, a estrutura básica da vida humana.
Tanto há palavras como "paz", "alegria", "cooperação", como há outras como "guerra", "fome", "tristeza"… Se me pedissem para dizer algumas palavras importantes eu diria "amor", "dinheiro", "saúde", "amizade", "felicidade", mas por mais palavras que soletrasse, que lesse ou escrevesse jamais conseguiria dizê-las todas porque "palavra" vale muitas palavras. E jamais esta permanente utilização e renovação de palavras irá cessar porque tanto como as palavras vivem do homem, o homem também vive de palavras.
Valentino Cunha, 11ºA

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

"Meus olhos andam doidos por te olhar!"


“Meus olhos andam doidos por te olhar!” Tenho saudades do teu olhar, da tua palavra. Tenho saudades do teu abraço embora só o tenha sentido quando vivias na ignorância em relação aos meus sentimentos. Tenho saudades do teu bom dia sorridente e da pena de me dizeres adeus.
Quero-te perto, quero o teu olhar preso ao meu durante tempo sem fim, quero tocar na tua mão sem querer e um arrepio percorrer-me o corpo, gelado mas feliz. Quero poder ser cavalheiro, ver-te com frio e dar-te o meu casaco, ver-te mal e dar-te o meu ombro. Quero dar-te tudo, e não pedir nada em troca. Apenas quero que tudo volte a ser como dantes, o sorriso, o abraço, o afecto… mas não peço o teu amor, pois eu só quero estar perto, ter o gosto de ser importante, mas não demasiado. Só quero o passado, quero o abraço, não quero amor, quero proximidade, não quero o amor, quero o sorriso, não quero o amor. Estou condenado a amar, nesta prisão de sonho, mas, por favor, fica perto, minha amiga.
Fábio Gandum, 10ºE

domingo, 26 de outubro de 2008

PA-LA-VRAS


Se um dia se me acabarem as palavras, acaba-se-me a mente. Não sou eu. Não sou mais pessoa. E as palavras de outrem jamais restituirão o eu que nunca o foi e nunca o é sem as minhas palavras. As palavras conduzem-me o pensamento, desenvolvem-me o intelecto, provam-se a condenar-me o espírito e atrevem-se a alegrar-me a razão. A razão que não há, nesse dia sem palavras. Mil e uma [e outras tantas] pontes se quebrarão, porque as palavras que me ligavam ao mundo não poderão mais suportar a alma. Fosse a alma capaz de ser expressa sem palavras, e sem conceitos por trás delas, e estas linhas não seriam escritas. A minha História fez-se em palavras, e os meus antepassados fizeram-na em palavras. Fiz e faço História através de palavras e as palavras fizeram-se da História.
Um cosmos de pessoas, relações e conversa impele-nos a comunicar e, adicionalmente, discorrer sobre tudo isso e tudo o resto [ou será o pensamento primordial e é o falatório que se lhe segue?]. Qualquer uma das opções implicará as palavras, que não são mais que absolutamente nada sem conceitos. Chega então a altura de admitir que estamos presos num dos ciclos mais viciosos. As palavras demandam conceitos, que por sua vez não nascem sem palavras. A concepção, a ideia, a imagem atribuída a cada palavra dão-lhe vida e, de cada vez que novo conceito lhe embutido, ganha novo respirar. De modo que a História se vai refazendo, porque na verdade as palavras se refazem com ela. Actualizando palavras, actualizam-se artes, sentimentos, histórias, respirares. Actualizamos o que foi e mesmo assim envelhecemos o que virá. Uma mista combinação de tudo aquilo que, de facto, nos habituámos a usar desde que somos nós. Porque o homem não foi Homem sem palavras; durante milhares de anos que não o foi. E continua sem o ser. E o que gira em seu torno segue-lhe os passos e não consegue existir sem elas. A História sussurrou baixinho à Ciência, que rumorejou à Matemática, segredando à Tecnologia. A Economia escutou e murmurou-o à Língua Inglesa. Os ventos passaram pelos franceses, os alemães, os vietnamitas, os venezuelanos; e a crua verdade chegou-me em português – a certeza de que nenhum deles era capaz de viver sem elas. E assim o estudo de todos eles implorava pelas letras. As letras em palavras. E voltam-se então a actualizar os significados. E novamente as artes, os sentimentos e os respirares. Mil respirares, equivalentes a mil personas. É verdade, crê-se que as palavras são multifacetadas e adquirem uma nova personalidade [individualidade, admitamos] de cada vez que são escritas, ou faladas. E mais uma… E mais uma. Outra ainda. Os contextos alteram-lhes a sensibilidade, a frieza, a realidade. E uma acepção antes bonita apodrece com a pressa do Sol quando se põe.
E mesmo assim queremo-las só por serem. Amamo-las por não sabermos existir sem elas. Sujeitamo-nos à dependência que adoramos porque são palavras.


Helena Couto, 11ºA

ESCREVER


Escrever... Escrever não é só redigir meia dúzia de linhas com palavras gastas, apenas porque fica bonito. Não. Escrever é libertar o nosso pensamento, libertar a nossa força e determinação, escrever é arte. Saber escrever tem ciência, saber escrever tem segredos, saber escrever não é para todos. Para um discurso ser convincente, a pessoa que está a discursar tem que ter um dom, o dom da palavra . Para se escrever é igual; tem que se ter dom, tem que se ter cultura, imaginação, vontade, ambição, etc.
Enfim, escrever não é para quem quer, mas sim para quem pode, ou melhor, escrever é para quem quer, sim, mas escrever bem, isso, é só para quem pode e consegue ...
Verónica Rijo, 10ºC

terça-feira, 21 de outubro de 2008

O Direito De Não Ler - Daniel Pennac



Eu concordo com o “direito de não ler”, porque se não me apetecer ler, não leio, obviamente, e não vou preso por isso… Claro que se eu não ler, vou tornar-me muito mais inculto, para além de limitar os meus horizontes. Hoje em dia, acho extremamente importante apostarmos na leitura, para “cultivarmos” o nosso intelecto e aprendermos mais sobre nós e sobre o mundo que nos rodeia…
Marco Pirata, 11ºC
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Daniel Pennac fala-nos do “direito de não ler”. E é verdade que cada pessoa tem a liberdade de ler ou não. É claro que, se a sua escolha for não ler, a sua cultura não será tão vasta como a daqueles que optaram por ler. Ler é opcional, mas há muitas situações em que devia ser obrigatório, pois a leitura ajuda todas as pessoas a melhorar a sua cultura, a enriquecer intelectualmente.
Leonor Montenegro, 11ºC
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Cada um tem o direito de ler aquilo que quiser, e, se não o quiser fazer, também está no seu direito! Se bem que, quem não lê, não se instrui e não desenvolve as suas capacidades intelectuais; fica como que “estagnado”…
Os portugueses, em geral, fazem um uso excessivo do “direito de não ler”. Talvez por isso estejamos quase sempre posicionados na cauda da Europa, sobretudo no aspecto cultural, ao não fazermos aquilo que devíamos para nos tornarmos efectivamente um país desenvolvido.
Carlos Dias, 11ºC
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Ninguém é obrigado a ler o que não quer. Mas, ao exercerem este direito, as pessoas ficam mais incultas! É preciso não esquecer que nem todas as pessoas podem ler: há pessoas analfabetas que, obviamente, não conseguem fazê-lo!... No entanto, ler é melhorar a nossa vida, aumentando a nossa cultura, não esquecendo que esta define a nossa maneira de estar no mundo. Ao exercermos este direito só nos prejudicamos a nós próprios. Será , de facto, um direito?
João Louro, 11ºC
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Cada cidadão é livre de não ler. Há muitas pessoas que não lêem e se recusam terminantemente a fazê-lo! Estes indivíduos nunca saberão realmente se gostam ou não de ler, ou se se trata apenas de uma enorme preguiça mental! Contudo, cada cidadão é dotado do chamado “livre-arbítrio”, o que lhe permite fazer o que quiser, como por exemplo, deixar essa preguiça de lado e render-se ao mundo dos livros… Ainda assim, é preciso não esquecer que ler não é fácil e, por vezes, aprender a gostar de ler é a batalha que muitos terão de vencer!
Elisabete Prudêncio, 11ºC
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O acto de ler atribui a qualidade de leitor a uma pessoa e, na minha opinião, “o direito de não ler” é, de certa forma, contraditório ao estar incluído no conjunto dos Direitos do Leitor. Isto porque, quem não lê, não pode ser considerado um leitor!
Alexandra Costa, 11ºC
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No fim de contas, este direito não é um direito do leitor, porque, a meu ver, “o direito de não ler” é, quando muito, um direito do homem.
Se uma pessoa lê habitualmente e gosta de ler, acho que o direito de não ler não se aplica, não faz sentido, não existe, porque, afinal de contas, essa pessoa lê por prazer! Quem não lê porque não gosta está a exercer esse direito, mas acabará por sofrer as consequências dessa decisão mais tarde… E não serão, de certeza, muito agradáveis!...
Alexandra Roberto da Costa, 11ºC
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Todas as pessoas têm o direito de não ler – isso é uma realidade! E também é verdade que muitas não o fazem! Só lê quem quer mas, na minha opinião, todos deviam ler. Assim, tornavam-se mais cultos e desenvolviam não só o modo de escrever, mas também o modo de falar. Infelizmente, ainda existem em Portugal muitos analfabetos, principalmente entre as pessoas mais idosas, que, por motivos sociais ou financeiros, não puderam frequentar a escola. Isto entristece-me, pois ler é muito importante; ao ler, estamos a desenvolver não só as nossas capacidades cognitivas, mas também o nosso lado criativo.
Márcia Dorotea, 11ºC
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sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Nós não somos do século de inventar palavras.



Nós não somos do século de inventar palavras. As palavras já foram inventadas. Nós somos do século de inventar outra vez as palavras que já foram inventadas.”

Almada Negreiros,
A Invenção do Dia Claro

Apesar de nem nos darmos conta, a palavra é a chave para tudo o que fazemos. Desde que me lembro de existir que penso palavras, oiço palavras e falo palavras, no fundo, posso dizer que sou palavras, porque é “palavras” a melhor palavra que define ser Homem.
Maria Bueno, 11ºA
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Os anos passam, o ser humano torna-se cada vez mais inteligente, e não parando de inventar novas palavras, cria novas expressões, tenta actualizar as expressões que inicialmente eram usadas, possibilitando uma evolução muito grande na linguagem e na forma de cada um se expressar. Assim, o Homem dá conta que pensar e comunicar só é possível se existirem palavras, caso contrário, nada faria sentido.
Dominic Pinhão, 11ºA
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Com o passar dos anos, e com um recorrer cada vez mais marcado à palavra, os homens sentiram a necessidade de inovar e de, em certos casos, corrigir as expressões que os antepassados utilizavam, como tal, inventaram e criaram novas palavras, influenciados pelas antigas, é certo, também elas com significados adequados a cada situação. Assim, actualizaram e fizeram renascer o vocabulário dos humanos, visto que, o ser humano, sendo considerado especial, pois possui o dom do pensamento, necessitava de novos termos para se exprimir e para comunicar cada vez mais e melhor, recorrendo a termos específicos…
Melissa Ramos, 11ºA
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Pensamos com palavras, falamos com palavras, até no agir, fazemo-lo com palavras; e depois de muitos e muitos anos a dizer as mesmas palavras, com os mesmos sentidos e significados, há sempre algo mais a dizer. Porque nós somos do século de inventar outra vez as palavras. Porque nós somos do século que é capaz de dizer as mesmas coisas de forma mais profunda, mais bonita e mais tocante. Porque, lá está, não paramos de inventar – e se parássemos? Morria a Literatura, morria a Cultura, e o pensamento digno de merecer tal nome.
(…)
E assim, as palavras não vão parar de ser inventadas, reinventadas e, depois disso, inventadas novamente. Não enquanto a espécie humana existir, e com ela, a mente criativa.
Francisco Oliveira, 11ºA
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Aliada à progressão constante da Humanidade, estará sempre a recriação da palavra, pois esta é a base da comunicação e do pensamento.
Vanda Paixão, 11ºA
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Com a evolução dos tempos, novas palavras vão surgindo, novas expressões são criadas, o que, muitas vezes, faz com que se aumente à lista de significados de certas palavras, mais alguns sentidos diferentes (…), ou seja, o inventar é constante.
André Calado, 11ºA
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Se não fosse a invenção das palavras não saberíamos comunicar nem pensar(…), seria difícil compreendermo-nos (…), não conseguiríamos aproveitar a inteligência com que fomos dotados.
Cátia Pereira, 11ºA
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Um mundo sem palavras não é de todo um mundo. A comunicação entre pessoas seria baseada, muito provavelmente, em mímica ou sons e viveríamos isolados. Nada seria como hoje.
Brigite Alves, 11ºA
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Apesar de todos os avanços tecnológicos, a maior invenção do Homem foram as palavras.
A dependência que o Homem possui em relação às palavras é inimaginável. O que seria dos livros? Páginas e páginas de histórias, pensamentos, ideias que, muitas das vezes, influenciam a nossa vida e a nossa forma de estar… Seria possível partilharmos a nossa cultura com a dos outros países? O ensino seria uma utopia? A arte da escrita não teria espaço para existir? E o nosso nome? Como seríamos reconhecidos? Sem as palavras não somos nada nem ninguém. Sinto uma sensação de sufoco só de pensar em tudo o que poderia ter acontecido se as palavras não tivessem sido inventadas.
João Marmeleira, 11ºA
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Sem as palavras e sem as respectivas línguas em que elas são usadas, o Homem não poderia conviver, comunicar e pensar(…). As palavras foram inventadas para o ser humano tirar partido delas(…)
Fábio Perdigão, 11ºA
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As palavras tornaram-se mais amplas e versáteis, se pensássemos em pintura, no século XIV, pensaríamos em quadros a óleo... Hoje, pensamos em graffiti.
Rúben Carvalho, 11ºA
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Assim, as palavras foram tomando forma nos rostos e no pensamento dos nossos antepassados e, com elas, fomos capazes de criar um futuro inteiramente diferente do dos outros animais – inventámos até onde nada restava para ser inventado e questionámos cada recanto da realidade…ainda assim, não ficámos satisfeitos.
Hoje, a nossa geração depara-se com o rico património cuidadosamente reunido ao longo dos tempos e tenta alargá-lo para lá dos seus limites, contudo o nosso actual “inventar” é diferente de outrora, pois apenas vamos renovando as ideias do passado.
Pedro Oliveira, 11ºA
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O que fazemos, o que pensamos, o que dizemos, o que escrevemos, o que ouvimos tem um elo comum: as palavras que são, por si só, a estrutura básica da vida humana, da comunicação...
Se me pedissem para dizer algumas palavras importantes eu diria "amor", "dinheiro", "saúde", "amizade", "felicidade", mas, por mais palavras que soletrasse, que lesse ou escrevesse jamais conseguiria dizê-las todas porque "palavra" vale muitas palavras.
E jamais esta permanente utilização e renovação de palavras irá cessar porque tanto como as palavras vivem do homem, o homem também vive de palavras.
Valentino Cunha, 11ºA

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

O Amor escrito numa carta...



"Esta não é uma carta de amor. É o meu amor escrito numa carta.
Resolvi escrever-te porque não te posso falar. Porque jamais te conseguirei dizer, olhando-te nos olhos, aquilo que neste papel eu perpétuo. Quando no fim eu dobrar esta folha, ou quem sabe a deitar no lixo, encerro em mim este amor que me consome e do qual me alimento.
Meu amor, olhar-te é sentir o mar dentro de mim, umas vezes calmo e sereno, outras, em tempestade.
Gosto quando me beijas com o olhar. Sinto-te na minha pele quando humedeces os teus lábios. Sinto-me desmaiar de amor quando te vejo sorrir. Sorrir para mim.
És demais meu amor! Demais para o meu coração. Demais para tudo o que sou.
Reparo em ti. Nos teus detalhes. No canto tua boca. Na pele. Na forma como escondes o teu jeito meigo de ser. No menino com medo, sentado no escuro que vejo tantas vezes nos teus olhos.
Quero dar-te colo.
Meu amor, tenho saudades tuas. Não sinto a tua ausência. Sinto a tua falta. A tua presença preenche-me. Completa-me. Diverte-me. Faz-me feliz.
Deixei de contar as horas em que não te vejo. Prefiro viver cada minuto contigo como se fosse eterno. Congelá-lo no tempo. No tempo das emoções. Para nós, quero o tempo do Alentejo, o tempo que não passa, vai passando…..
Meu príncipe, volta para mim. Fica em mim. E diz-me que é em ti que me queres. Pra sempre.
Pra sempre…. TUA"


Catarina Bernardino, 11ºA

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

LER





Todos devíamos ler. E devíamos ter o direito a ler. Talvez até pudesse ser um dever agradável. Mas o estereótipo português simplesmente não lê, porque acha uma perda de tempo imaginar aquilo que não é realidade.

Muitas vezes, abusamos do "direito de não ler", ou porque temos a vida demasiado ocupada, ou pelo pecado da preguiça. Mas, existe quem ainda se esforce para ler! Todavia, quando vão a meio de um livro de vinte páginas, desistem, e entregam-se de corpo e alma à televisão!

Quem é leitor assíduo, que lê e relê livros de fio a pavio, deveria ganhar um prémio de mérito!... E, por vezes, o que eles mais queriam era poder ler em voz alta no meio da rua, só porque lhes apeteceu... Porém, não o fazem por pensarem que os outros os vão considerar doidos! Um conselho meu: Façam-no! Deixem-se levar pela vossa intuição! Se alguém implicar, perguntem-lhe qual é a lei que o proibe! E se alguma o proibir (não acredito!), perguntem-lhe se não é mais bonito declamar um poema de Florbela Espanca do que ouvir o calão de homens embriagados a falar mal do árbitro, num jogo de futebol!...

Mas, eu também culpo os escritores. Tenho a certeza que se fizessem livros mais acessíveis ao povo, todos passariam a ler e até começariam a investigar as riquezas da literatura do passado.

Ler é importante! E ninguém deveria abdicar do direito de o fazer.

Ana Margarida Silva, 10ºA
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A leitura é maravilhosa! É uma maneira simples, calma e relaxante de nos abstrairmos da realidade. A leitura torna uma pessoa mais humana, torna as pessoas cultas, alarga horizontes, estende a imaginação a níveis mais altos.
Pessoas que nunca leram não são necessariamente pessoas incultas, mas a vida não fica completa sem a experiência de ler um livro. A leitura é bastante importante para ter uma vida independente, feliz e com sucesso. As pessoas que não sabem ler, umas porque não quiseram, outras porque, infelizmente, não puderam, levam uma vida difícil, pois não conseguem ler a correspondência, muito dificilmente arranjam emprego e, muitas delas, também não sabem escrever, o que torna a vida ainda mais complicada.
A leitura é uma maneira de aliviar o stress, pois, ao empenharmo-nos na leitura, parece que tudo à volta desaparece, e que nós voamos pela imaginação, tentando visualisar tudo o que estamos a ler. Após acabarmos um livro, sentimo-nos aliviados, pois sentimos que o stress desapareceu e, apesar de termos que voltar à rotina habitual, ficamos contentes por termos tirado um tempo para nós e para um dos nossos bens mais preciosos: a leitura.
Jorge José, 10ºA
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Ler é deixar o corpo, é elevar a alma para recantos esquecidos do paraíso, é afogar as mágoas, é ser um outro ser, é ser-se melhor, é devorar palavras, é ser-se cativado, é paixão, é raiva, é beber o néctar dos deuses, é... é... é...
C.M.
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Ler, como dizia Daniel Pennac, não deve ser uma obrigação. Por exemplo, eu ganhei o gosto pela leitura há relativamente pouco tempo. Foi quando estava no 5º ou 6º ano, na disciplina de História. Tinhamos que ler uns livros e fazer uma ficha de leitura. Ao início não achei muita graça mas aprendi a gostar.
Ler é importante. Aprendemos sempre algo de novo. É como se fosse uma caixinha de surpresas, nunca se sabe o que nos espera. Acho que os jovens estão pouco sensibilizados e motivados para a leitura. Mas também não vejo maneira de o fazer: ou se gosta ou não se gosta!
"O direito ao bovarismo"; este direito é o que melhor se encaixa quando leio. Normalmente, fugir à realidade é o melhor remédio, viajar nas páginas dos livros e imaginar o mais pequenino pormenor.
Catarina Morgado, 10ºA

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Os Direitos do Leitor de Daniel Pennac - Reflexões


OS DIREITOS INALIENÁVEIS DO LEITOR


1. O direito de não ler.

2. O direito de saltar páginas.

3. O direito de não acabar um livro.

4. O direito de reler.

5. O direito de ler seja lá o que for.

6. O direito de amar os heróis dos romances.

7. O direito de ler em qualquer lado.

8. O direito de saltar de livro em livro.

9. O direito de ler em voz alta.

10. O direito de não falar do que se leu.


Daniel Pennac


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A leitura é, para mim, um direito de todas as pessoas do mundo. A escrita iniciou um nova era no mundo, e com ela criaram-se novos mundos e abriram-se milhares de portas para o imaginário das pessoas. Eu adoro ler, é para mim um refúgio em que me desligo do resto do mundo e deixo de me preocupar com os meus problemas.
Devo dizer que concordo com o quarto direito do leitor -"O direito de reler". Ler um bom livro só uma vez não chega. A partir da segunda leitura, vamos reparando nos pequenos detalhes que antes não estavam lá, e também temos o prazer de ler um bom livro mais do que uma vez. Falo por experiência própria, pois já li duas vezes o meu livro favorito e, mesmo assim, continuo fascinado por ele (Ensaio sobre a cegueira de José Saramago).

"O direito de ler em qualquer lugar". Sim, também concordo bastante com este direito. Por vezes, ler no quarto ou na sala não é o melhor lugar. A verdade é que convém ser mesmo num local tranquilo, de maneira a não desviar a nossa atenção do livro.

Outro dos direitos do leitor com o qual concordo é o quarto: "O direito de ler qualquer coisa". Um leitor pode ler aquilo que quiser. Todos os livros são diferentes, cada um com uma história diferente.


João Francisco Coelho, 10ºC


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Ler é interessante, pois um livro tem o poder de conseguir levar-nos a "viajar". Daí o leitor ter direito ao bovarismo.

O leitor também tem o direito de pular algumas páginas quando a curiosidade desperta para saber o que irá acontecer daí a um capítulo ou dois, ou mesmo no final da história.

Também concordo com o direito de não ler. Nem sempre o leitor tem de querer ler, nem de gostar do livro. O leitor deve ter os seus gostos, as suas vontades e ser livre para gostar ou não gostar, para ler ou não ler, e para "viajar" e imaginar que é o protagonista da história que está a "viver".

Ler é importante. O acto de ler deve ser frequente, tal como a prática do desporto. Ler torna as pessoas mais cultas e é fonte de divertimento. Um leitor pode ler no trabalho, no hospital, no estádio de futebol, na casa de banho, na escola... Onde e bem entender. Cabe a si mesmo decidir o onde e o quando, mesmo sem saber porquê.


Miguel Marmeleira, 10ºB

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Ler… Na minha opinião, ler não é importante, é necessário. Ler é das melhores maneiras para enriquecer o nosso vocabulário. Quando não temos nada para fazer, porque não ler um bom livro?
Ler é bom e interessante, mas também percebo que haja quem não leia. Se calhar ainda não experimentaram ler. Há ainda quem não tenha lido um livro que o motivasse e que o faça ficar completamente viciado. Falo por mim… Também há uns anos, achava que ler era uma seca. Preferia jogos ou ver televisão. Até que, um dia, notei que às vezes me faltavam palavras e contei à minha mãe. Ela riu-se e respondeu: “A melhor solução é ler!”
Ao princípio não foi fácil, não me apetecia, achava que não iria servir para nada! Mas fui-me esforçando, primeiro lia uma página por dia (uma espécie de contrato com a minha mãe), depois comecei a sentir vontade de ler mais e mais e mais… Até que comecei a gostar de ler e percebi que me era útil.
Nem sempre escolher livros é uma tarefa fácil. Já me aconteceu começar a ler um livro com que estava entusiasmado e, quando cheguei a meio, vi que a história estava impossível de continuar. Ainda bem que existe o direito de não acabar de ler um livro…!

Sebastião Enes Ferreira, 10º B


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"O verbo ler não suporta o imperativo. É uma aversão que compartilha com outros: o verbo amar... o verbo sonhar..."

Daniel Pennac

O que o escritor quer transmitir é que quem não lê, também não consegue sentir a essência do amor e do sonho que as palavras e os livros transmitem ao leitor.

João Marques, 10º B

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

A Minha Língua


Livro deitado sobre uma mesa de igual tom… Estás aberto a meio para me aliciares a ler, nem que seja a primeira linha dessa folha… Sei que se ler essa mesma linha, vou querer ler a seguinte e a outra e a outra, até chegar a um ponto final ou até mesmo ao fim da página. Sei que tenho o direito de não te ler (não passas de um livro aberto sobre uma mesa), sei que tenho o direito de ir embora e não olhar mais para as tuas letras…
Mas, tu conheces-me, sabes que vou pegar em ti e fechar-te. Sentar-me sobre a cadeira e ler o título da tua capa. Sabes que vou sorrir ao abrir-te no início da tua história. As tuas letras conhecem-me…. Cada parágrafo, vírgula, ponto final, ponto de exclamação, de interrogação… Sabes que não resisto. Sabes cativar-me…
Agora acordei….Sim, deste sonho… Vou levantar-me e buscar-te à prateleira velha. Sabes que te vou ler e até reler, quem sabe…
Por isso, estou aqui a usar as mesmas letras que me ensinaste a escrever, porque tudo em ti me cativou! Até à última história me ensinaste algo… Tens um nome. Um nome deveras conhecido!
Língua Portuguesa. Para mim ficas e ficarás sempre como a minha língua.


Andreia Coelho, 10º C

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Na veiculada veia do artista...


Na veiculada veia do artista os gostos não são de opinião pública! Pintar a vida de acordo com os transtornos obsessivos! Cores a mais numa paleta de poucas texturas, onde só se quer ir para onde a melodia da vida nos levar! Quebrar a janela, saltar a corda, mas nunca olhar para trás! Sentir a aragem vinda do nada, o frio gélido como um glaciar ou um calor estonteante de derreter a maré gelada do doce mar! Acender a chama da paixão, deixar a louca teimosia do lado de lá da janela, baixar os olhos à inveja incurável da existência! Enaltecer o toque vivo daquela palavra que chamam amizade! Sentir a saudade fulgurante dos amados humanos que enchem as mentes de ausência! Chorar nos momentos essenciais, deixar as lágrimas correrem até tocarem no fundo, de onde não possam voltar!!! Sentiste o meu toque? Talvez quente, talvez frio mas MEU!!!


Andreia Coelho, 10ºC

domingo, 14 de setembro de 2008

Onde estou?


Desde a sincera e inocente infância que nos habituamos a questionar tudo aquilo que nos rodeia, mesmo antes até de reflectirmos sobre o nosso “eu” e a razão pela qual nos encontramos neste nosso mundo.
Chegamos assim a encontrar respostas relativamente satisfatórias em relação ao nosso mundo familiar e afectivo, passando posteriormente a todo o mundo social e cultural até à escala planetária, onde a nossa condição humana parece tão insignificante. Depois o mundo continua a transbordar-se, para o longínquo e inexplorado, enchendo-se de planetas, estrelas, galáxias, nebulosas, buracos negros, matéria e mais matéria e também antimatéria…até que o “mundo” já não chega e transforma-se em universo.
Mas o que é o universo? É finito ou infinito? Como começou? Estaria determinado que nós aparecêssemos um dia e nos puséssemos a escrever textos como este? Ou seja, o universo terá alguma ordem?
Quanto às primeiras perguntas penso que podemos responder: se existem pequenas partes ou constituintes, não será forçoso admitir que exista um todo definido onde estes se possam inserir numa determinada ordem? Um enorme Objecto do qual todos os outros fazem parte e recebem a sua coordenação. Será este Objecto finito? Se for, será uma finitude que nada deixa fora de si própria, porém, intuitivamente, todos os objectos conhecidos possuem um exterior. Mas se dizemos que existe um objecto sem exterior, porque dizemos que é finito? E se, efectivamente, não é finito, porque é que dizemos que é um objecto? Contudo poderíamos supor que não haveria este enorme Objecto e apenas existissem aglomerados de matéria que se vão sucedendo, se juntam e se separam, terminam e renascem, sem haver nenhuma Coisa formada por pequenas coisas.
Quer se aceite ou não qualquer uma das hipóteses anteriores, torna-se forçoso perguntar se existe alguma espécie de ordem na sua constituição que nós possamos compreender. Nós, como simples observadores, tentamos traçar uma ordem do universo, como os cientistas que tentam prever os fenómenos naturais, seguindo um suposto determinismo causal, contudo uma ordem pode ser bastante subjectiva e não estaremos nós a prever uma ordem universal no meio de tantas outras possibilidades? Talvez até não sejamos os seres certos para ordenar o universo, pois o acto de escrever textos é muito diferente ao acto de construir mundos. Mas será que estamos previstos nesta ordem? Afirmar a nossa insubstituível existência não será levar as coisas longe demais? A não ser que verificadas as possibilidades estas se tornem forçosamente em necessidades.
A pergunta que me falta analisar “a origem do universo” resume-se a uma resposta para outra pergunta: “a partir de quê veio a ser o que antes não era?”. Procuramos exaustivamente esse objecto ou ser que originou tudo aquilo que antes não existia e que agora temos diante de nós. Foi a partir desse momento que o tempo e o espaço começaram a existir, então antes não haveria nada? Mas teria de haver algo para que tudo começasse. Seria alguma inteligência superior capaz de criar tudo o que podemos assistir e ordenar como simples observadores? Tantas perguntas e tão poucas respostas. Tal como diria Augusto Monterroso, escritor guatemalteco: “Talvez devamos descer do cósmico e voltar a ocupar-nos dos nossos pequenos negócios entre o zero e o infinito…”


Elaborado por: Pedro Oliveira, 11.ºA

sábado, 13 de setembro de 2008

Semeando Palavras

Descobrir e divulgar os talentos literários da nossa escola é o nosso objectivo. Seguramente que há por aí muitos potenciais escritores que gostariam de divulgar e partilhar as suas criações. Neste espaço poderás comentar, apresentar críticas e sugestões a esses textos. A partilha é fundamental.
Sê protagonista na construção e manutenção do blogue e cresce como leitor e, quem sabe, como “escritor”…