Desde a sincera e inocente infância que nos habituamos a questionar tudo aquilo que nos rodeia, mesmo antes até de reflectirmos sobre o nosso “eu” e a razão pela qual nos encontramos neste nosso mundo.
Chegamos assim a encontrar respostas relativamente satisfatórias em relação ao nosso mundo familiar e afectivo, passando posteriormente a todo o mundo social e cultural até à escala planetária, onde a nossa condição humana parece tão insignificante. Depois o mundo continua a transbordar-se, para o longínquo e inexplorado, enchendo-se de planetas, estrelas, galáxias, nebulosas, buracos negros, matéria e mais matéria e também antimatéria…até que o “mundo” já não chega e transforma-se em universo.
Mas o que é o universo? É finito ou infinito? Como começou? Estaria determinado que nós aparecêssemos um dia e nos puséssemos a escrever textos como este? Ou seja, o universo terá alguma ordem?
Quanto às primeiras perguntas penso que podemos responder: se existem pequenas partes ou constituintes, não será forçoso admitir que exista um todo definido onde estes se possam inserir numa determinada ordem? Um enorme Objecto do qual todos os outros fazem parte e recebem a sua coordenação. Será este Objecto finito? Se for, será uma finitude que nada deixa fora de si própria, porém, intuitivamente, todos os objectos conhecidos possuem um exterior. Mas se dizemos que existe um objecto sem exterior, porque dizemos que é finito? E se, efectivamente, não é finito, porque é que dizemos que é um objecto? Contudo poderíamos supor que não haveria este enorme Objecto e apenas existissem aglomerados de matéria que se vão sucedendo, se juntam e se separam, terminam e renascem, sem haver nenhuma Coisa formada por pequenas coisas.
Quer se aceite ou não qualquer uma das hipóteses anteriores, torna-se forçoso perguntar se existe alguma espécie de ordem na sua constituição que nós possamos compreender. Nós, como simples observadores, tentamos traçar uma ordem do universo, como os cientistas que tentam prever os fenómenos naturais, seguindo um suposto determinismo causal, contudo uma ordem pode ser bastante subjectiva e não estaremos nós a prever uma ordem universal no meio de tantas outras possibilidades? Talvez até não sejamos os seres certos para ordenar o universo, pois o acto de escrever textos é muito diferente ao acto de construir mundos. Mas será que estamos previstos nesta ordem? Afirmar a nossa insubstituível existência não será levar as coisas longe demais? A não ser que verificadas as possibilidades estas se tornem forçosamente em necessidades.
A pergunta que me falta analisar “a origem do universo” resume-se a uma resposta para outra pergunta: “a partir de quê veio a ser o que antes não era?”. Procuramos exaustivamente esse objecto ou ser que originou tudo aquilo que antes não existia e que agora temos diante de nós. Foi a partir desse momento que o tempo e o espaço começaram a existir, então antes não haveria nada? Mas teria de haver algo para que tudo começasse. Seria alguma inteligência superior capaz de criar tudo o que podemos assistir e ordenar como simples observadores? Tantas perguntas e tão poucas respostas. Tal como diria Augusto Monterroso, escritor guatemalteco: “Talvez devamos descer do cósmico e voltar a ocupar-nos dos nossos pequenos negócios entre o zero e o infinito…”
Chegamos assim a encontrar respostas relativamente satisfatórias em relação ao nosso mundo familiar e afectivo, passando posteriormente a todo o mundo social e cultural até à escala planetária, onde a nossa condição humana parece tão insignificante. Depois o mundo continua a transbordar-se, para o longínquo e inexplorado, enchendo-se de planetas, estrelas, galáxias, nebulosas, buracos negros, matéria e mais matéria e também antimatéria…até que o “mundo” já não chega e transforma-se em universo.
Mas o que é o universo? É finito ou infinito? Como começou? Estaria determinado que nós aparecêssemos um dia e nos puséssemos a escrever textos como este? Ou seja, o universo terá alguma ordem?
Quanto às primeiras perguntas penso que podemos responder: se existem pequenas partes ou constituintes, não será forçoso admitir que exista um todo definido onde estes se possam inserir numa determinada ordem? Um enorme Objecto do qual todos os outros fazem parte e recebem a sua coordenação. Será este Objecto finito? Se for, será uma finitude que nada deixa fora de si própria, porém, intuitivamente, todos os objectos conhecidos possuem um exterior. Mas se dizemos que existe um objecto sem exterior, porque dizemos que é finito? E se, efectivamente, não é finito, porque é que dizemos que é um objecto? Contudo poderíamos supor que não haveria este enorme Objecto e apenas existissem aglomerados de matéria que se vão sucedendo, se juntam e se separam, terminam e renascem, sem haver nenhuma Coisa formada por pequenas coisas.
Quer se aceite ou não qualquer uma das hipóteses anteriores, torna-se forçoso perguntar se existe alguma espécie de ordem na sua constituição que nós possamos compreender. Nós, como simples observadores, tentamos traçar uma ordem do universo, como os cientistas que tentam prever os fenómenos naturais, seguindo um suposto determinismo causal, contudo uma ordem pode ser bastante subjectiva e não estaremos nós a prever uma ordem universal no meio de tantas outras possibilidades? Talvez até não sejamos os seres certos para ordenar o universo, pois o acto de escrever textos é muito diferente ao acto de construir mundos. Mas será que estamos previstos nesta ordem? Afirmar a nossa insubstituível existência não será levar as coisas longe demais? A não ser que verificadas as possibilidades estas se tornem forçosamente em necessidades.
A pergunta que me falta analisar “a origem do universo” resume-se a uma resposta para outra pergunta: “a partir de quê veio a ser o que antes não era?”. Procuramos exaustivamente esse objecto ou ser que originou tudo aquilo que antes não existia e que agora temos diante de nós. Foi a partir desse momento que o tempo e o espaço começaram a existir, então antes não haveria nada? Mas teria de haver algo para que tudo começasse. Seria alguma inteligência superior capaz de criar tudo o que podemos assistir e ordenar como simples observadores? Tantas perguntas e tão poucas respostas. Tal como diria Augusto Monterroso, escritor guatemalteco: “Talvez devamos descer do cósmico e voltar a ocupar-nos dos nossos pequenos negócios entre o zero e o infinito…”
Elaborado por: Pedro Oliveira, 11.ºA
1 comentário:
Excelente reflexão feita por um jovem de apenas 16 anos! Os meus parabéns por abordar um tema tão complexo e pela forma brilhante como o desenvolveu!
Um verdadeiro convite à reflexão!
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