Olhando retrospectivamente para o passado e pensando na sociedade em que vivemos, podemos chegar à conclusão de que nestes quase quatrocentos anos que nos separam de Padre António Vieira, pouco mudou na forma como tratamos os outros seres humanos.
Pensemos, por exemplo, nos escravos das plantações na época dos descobrimentos, nos operários que trabalhavam nas fábricas inglesas aquando da Revolução Industrial, e, finalmente, nos chineses e indianos que trabalham sob condições desumanas nos seus países, e podemos observar que poucas são as diferenças que os distinguem.
É óbvio que houve algum progresso em áreas como a saúde ou a educação, mas na forma como tratamos o próximo, pouco mudou. Continuamos a olhar para os outros não como iguais, mas como meios para satisfazermos as nossas exigências e o nosso bem-estar.
Quando bebemos um café, não pensamos que pode ter sido apanhado por crianças que nunca foram à escola, tal como acontece em inúmeros países africanos e asiáticos.
Hoje, em pleno século XXI, ainda podemos assistir ao pior do Homem. Fomos à lua e voltámos, clonámos vacas, gatos, ovelhas ou tubérculos, mas não conseguimos acabar com a fome na Terra.
E assim continua o Homem ao longo dos séculos, esquecido dos outros homens.
Gustavo Galveias, 11.º A
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