quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Livro: o meio mais poderoso de sempre?


“O livro é um meio incrivelmente poderoso. Deve, aliás, ser o meio mais poderoso de sempre.”

Steve Johnson

Um livro é um meio incrivelmente poderoso porque, por mais que os meios tecnológicos evoluam, um livro nunca é esquecido e é insubstituível. Se não fosse poderoso, não existiam os concursos de leitura, as bibliotecas, as feiras do livro, e outras actividades de leitura.
Nunca ninguém foi capaz de substituir um livro numa escola por um meio tecnológico! Isso mostra o poder que um livro tem!
Alexandra C. 10ºC
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Um livro pode defender longos argumentos, se o livro não fosse poderoso e insubstituível, nas escolas e bibliotecas não haveria livros, pois embora já existam blogues e muitas outras “coisas” na Internet, nunca nada virá substituir o livro. O livro é único!
Na nossa escola está a decorrer a feira do livro, uma tradição que já existe há alguns anos, e que mostra a importância que o livro tem para a comunidade.
David Batista, 10ºC
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Um livro é, de facto, um meio extremamente importante, pois é através dele que pessoas transmitem as suas ideias, opiniões e partilham a sua imaginação. Um livro é também um porto de abrigo onde os verdadeiros leitores (os que lêem por prazer) se refugiam do mundo real, e entram nas histórias dos livros.
João Coelho, 10ºC
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Um livro é incrivelmente poderoso porque interfere imenso na vida das pessoas. A Internet, os ipods, o mp3, a televisão, e até o Magalhães, nenhuma destas “coisas” chega a ocupar o lugar de um livro!
Ruben Mártires, 10ºC
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O livro é um meio incrivelmente poderoso, pois o livro é insubstituível. Através do livro, conseguimos contar a “nossa” história devidamente pormenorizada, algo que através da Internet, dos ipods, ou até mesmo dos e-books, não conseguimos! O livro é tão poderoso que mesmo havendo cada vez mais o interesse e a utilização das novas tecnologias, ninguém diz que o livro já não é preciso ou importante.
Verónica Rijo, 10ºC
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O livro é um meio poderoso porque tem muita importância nas nossas vidas. É muito valorizado em todo o lado: nas escolas, em casa, nas bibliotecas, etc.
Torna-se um vício para muitos, uma “seca” para outros, mas, de qualquer forma, é lido! E, apesar de todas as tecnologias que existem no mundo de hoje, o livro continua a ser aquele que mais se admira.
Alexandra Silva, 10ºC
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Por mais e-books que existam, as pessoas optam, cada vez mais, por ler o tradicional livro de páginas de papel. O livro é um meio de aprendizagem muito vasto, mais do que a Internet.
Raquel Pereira, 10ºC
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As escolas têm imensas actividades de leitura. Porquê? Porque, por mais computadores e Internet que se utilize, nunca o livro será substituído. Mesmo que um indivíduo não goste de ler, acaba por fazê-lo ao ler jornais, revistas, legendas de filmes, etc.
Jessica Rodrigues, 10ºC
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O livro é, de facto, uma força poderosa porque foi, desde sempre, através dele, que os povos aprenderam matérias e deixaram o seu contributo para as gerações seguintes. Foi através do livro que se espalhou (e continua a espalhar-se) todo o conhecimento, ao longo do tempo. É verdade que as novas tecnologias serão o futuro da humanidade, mas não nos podemos desprender do que nos fez crescer, daquilo que alimentou todo o nosso conhecimento. Vamos imaginar o livro como a pessoa que nos ensinou a andar e a Internet como quem nos ensinou a correr… Nunca saberíamos correr, se antes não tivéssemos aprendido a andar!
Jessica Lage, 10ºC
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Os livros são incrivelmente poderosos e insubstituíveis. Apesar de existirem muitos meios tecnológicos, que nos ajudam a encontrar a informação de que precisamos, como a Internet, o livro é eterno, é um amigo que merece a nossa confiança. O livro acompanha-nos para todo o lado. E não podemos esquecer-nos dos belíssimos escritores portugueses que constituem a nossa literatura, cuja forma primitiva de divulgação foi… o LIVRO!
Marina Pereira, 10ºC

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Crónica ao Sol


O Sol é um malandro! Hoje acordei esperando abrir a janela do quarto e ser obrigado a “refechar” os olhos pela claridade que se ia fazer sentir no meu rosto, mas não foi o que se passou. O Sol não se via, havia uma enorme quantidade de nuvens à sua frente.
Atraiçoado pelo Sol, o meu mau humor era evidente. Com esse mau humor estampado no rosto, lavei-me, vesti-me, comi e segui. Repeti a minha rotina, passei pelo café e comi um bolo e bebi um café. Nesse curto espaço de tempo, deu a meteorologia na televisão, onde disseram que o Sol enganou o mundo; no dia anterior tudo apontava para um belo dia de Sol, mas no presente dia o Sol não raiava em lado nenhum.
Muito irritado por uns profissionais de “meia tigela”, se for preciso com apenas meio curso, não saberem prever aquilo de que vivem, saí do café, ergui a cabeça em direcção ao céu e o Sol raiou em mim, só em mim, o resto continuava mergulhado na sombra. Tomei isso como um sorriso de gozo, fiquei fulo! “Maldito, malandro, sacana! Seu cobarde! Sai das nuvens, mostra-te e ilumina o mundo, faz os girassóis sorrirem, tira o mau humor que tenho por tua causa e o de todos os outros que decerto também o terão pelos mesmos motivos que eu.” Dito isto, o sol escondeu-se ainda mais, o cinzento tornou-se cinzentíssimo, quase preto, e começou a chover. Só tive tempo de meter o jornal trazido do café por cima da cabeça e corri para dentro do primeiro táxi que vi. Segui para o trabalho e, de lá, vi o triste dia que se tinha posto. Durou todo o dia e outra coisa não esperei dele.
Depois disto, vi que nunca mais posso confiar no Sol; quanto mais esperamos dele, menos ele nos dá. A minha opinião mantém-se: o Sol é um maldito! Mas sejamos sinceros, é um belo maldito…

Fábio Gandum, 10ºE

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

"Quis saber o que é o desejo"



Quis saber o que é o desejo,
De onde ele vem;
Perguntei aos antigos e virtuosos
de onde me chega o ensejo do desejar.
Respondeu-me a ignorância
em poesia quebrada, ridícula,
quando os altos risos me fizeram corar.
Mesmo o eco da montanha me ignorou a voz
Engoliu-me em desesperos
estrangulou-me o ego
cegou-me toda a vontade
secou-me a fonte das loucuras
e perdi-me nos tempos da eternidade
à procura da origem do desejo,
que não nasceu da terra
não caiu do céu nem se fez da água
e se perdeu no absurdo da espécie
que assim ama tanta irracionalidade.
Mas a paixão
e os enigmas da paixão
o desejo
e a paixão dos enigmas
vez alguma se esqueceu;
consumiu-me na demência
da busca do início;
dos primórdios da imprudência,
do limiar do desespero,
da cegueira, do fim das vontades
até mil eternidades
contra a maré
provarem o espírito e a fé
de que o desejo não se cria,
não nasceu; a paixão não se fez,
é.

Helena Couto, 11ºA
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Quis saber o que é o desejo
De onde ele vem,
Descrevê-lo num efémero beijo,
Trocado por ninguém.
Qual visão, qual fala, qual melodia apaixonada,
Que me rasga os olhos e mostra
Aquilo que é tudo e não é nada?
Diz que é puro e inocente
E que me trespassa ferozmente;
Tudo arde, tudo consome,
A dor é tanta que não dói
E em vez disso, fome.
Sim, fome…
Perturbadora, instável…
O sangue flui rápido pelas veias,
Um segundo passa calmo, insaciável…
Penso demais…
As palavras amontoam-se na boca,
Não ando… a voz fica rouca…
Ah! Ignorância louca,
Que estou aqui sem poder mais.
Até que… ela desaparece,
Um segundo passa a ser um segundo,
Estou de volta ao mundo
E o desejo já me conhece.


Pedro Oliveira, 11ºA
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Quis saber o que é o desejo
De onde ele vem
Ao tentar conhecê-lo
Dei conta que o sei bem

É disto que falo
O desejo…
É aquilo por que tanto anseio.

Aspiro ao que não tenho e quero
Corre por mim tal cobiça
E sem querer, adultero

O propósito para o qual me esmero
És tu, desejo,
Que me consomes!
Por ti almejo!
Se só assim conseguir vibrar
Oitavo pecado mortal
Despertas em mim um instinto
Para além do natural
Mexes com o que sinto
Fazes-me querer
Fazes-me mover
Fazes-me viver!

É isto o desejo:
Anseio
Cobiça
Almejo

Vanda Paixão, 11ºA
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Quis saber o que é o desejo
De onde ele vem
E porquê?
Isso eu não sei

Quando eu era pequenina
Por um desejo fui preenchida
Desvendar as palavras
Que utilizo na minha vida

Simples palavras
Vontades, ambições
O querer, o sonhar
O lutar, o vencer
Nunca baixar os braços
Guerrear
Por ti, só por ti
Minha paixão, minha ambição
Como te definir
Eu não sei
Só sei que gosto de te ter
Ambição minha,
Que me fazes lutar
Anseio de conquistar
Desejo, és tu que me moves,
Contra marés, contra luas
Por ti, meu desejo
Eu percorro tantas ruas
Batendo a portas e janelas
Ansiando uma resposta
De quem por detrás delas
Faça prevalecer minha aposta.

Anseio de viver
Desejo de alcançar
É tudo aquilo que sonho
E pelo que vou lutar

Melissa Ramos, 11ºA
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Quis saber o que é o desejo
De onde ele vem
E para onde ele vai.

Perguntei a mim próprio:
O desejo é aquilo que se deseja?
É anseio?
Ou apetite?
Ou será aquele sentimento que me cobiça?

(…)

Se há alguma coisa que aprendi é que
Na vida existem duas tragédias:
Uma, a de não satisfazermos os nossos desejos;
A outra, a de os satisfazermos.

Dominic Pinhão, 11ºA
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Queria saber o que é o desejo
De onde ele vem
Queria saber como é desejar alguém.
Procurei
Procurei até finalmente encontrar
O verdadeiro significado da palavra desejar.
Foi então que percebi
Que desejo é sinónimo de paixão
É desejar o olhar, o toque, o sorriso
É desejar tudo isso
Como se nada mais fosse preciso.
É querer a presença da pessoa desejada
Apenas isso, mais nada…
(…)
Brigite Alves e Dorin Golovca, 11ºA
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Quis saber o que é o desejo
De onde ele vem
Quis saber como era
E que aspecto tem.
Pensei se viria do chão,
Do céu.
Pensei até se estaria numa caixinha
Para a qual a chave era o nosso coração.

Procurei então em todas as caixinhas
Das mais pequenas às maiores
Em vão…

De tanto procurar começava a cansar-me
Estava a desistir do desejo encontrar
Foi então que o meu coração falou
E baixinho me segredou:

“O facto de quereres tanto o desejo encontrar,
Tornou-se no teu desejo mais difícil de alcançar.”

Cátia Jeremias e Catarina Bernardino, 11ºA
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Desejava-te e tu a mim
Sem compreender o que é desejar…
Quis saber o que é o desejo,
De onde ele vem.
Procurei… Procurei…
Não encontrei…
No céu não estava,
Nas profundezas do mar mergulhei
No fim do mundo procurei,
Procurei… Procurei…
Não tinha outro desejo senão encontrá-lo
Desapareci, escondi-me, pensava que estava
algures… Mas não!
Desejei-te… Enlouqueci…
Era tarde.
O desejo correu em mim,
Mas não podia mais…
Desvaneci… Não encontrei…
E teu desejo
Ficou em mim…

Ruben Carvalho, 11ºA
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Quis saber o que é o desejo
De onde ele vem
(…)
Aquele sentimento eterno
Que nada tem a ver com o inferno,
Que nos acompanha ao longo da vida
Para que seja bem vivida.

Fábio Perdigão, 11ºA
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Quis saber o que é o desejo
De onde ele vem.
Quis saber
O que era o amor,
E fui até mais além.
Além da terra e do mar,
Mas só no teu olhar iria encontrar
Uma vasta compreensão e alegria,
e foi aí que aprendi a amar.
Mas amar só não bastava,
Queria o toque do teu beijo,
E com paciência incontrolável,
Finalmente percebi o que era o desejo.
O amor e o desejo uniram-se num só,
Foi um laço tão firme
Como duas cordas com um nó.
(…)
Tiago Ouro, 11ºA
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Desejo… não sei como é que uma única palavra pode conter tantos significados, segredos, histórias, enfim tanta emoção.
As folhas da minha imaginação não seriam suficientes para descrever o que é o desejo, o que vem com ele e o que ele causa. Dizem que o desejo é o sentimento mais forte que temos mas que não conseguimos alcançar, daí desejarmo-lo tão intensamente. Eu não acredito em tal coisa, seria insensata se o fizesse, pois ao desejarmos uma coisa tão profunda, tão importante, se ela se realizasse, mudaria drasticamente a nossa vida e nós não estamos habituados a tal mudança.
Sendo assim, decidi chamar utopia ao verdadeiro desejo… a utopia vem da nossa personalidade, é uma mistura perigosa de muita paixão e pouca racionalidade, mas é a mistura que nos dá força para todos continuarmos a viver. Acho engraçado quando penso na minha utopia e sinto quanto a quero, também noto que uma parte de mim a afasta.
O desejo é então a necessidade que nós temos num determinado momento e que tem um grau de importância ligeiramente superior a outras coisas em que estamos a pensar.
Sendo a utopia uma coisa tão boa, tão secreta, vou conservá-la no meu pensamento onde ninguém lhe pode tocar… ficando só minha para sempre.

Joana Dias, 11ºA
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“Quis saber o que é o desejo, de onde ele vem”. Esta era a pergunta que me assombrava há algum tempo atrás. Tudo começou naquelas tardes de Verão mesmo quentes, vocês sabem, daquelas em que só se está bem deitado na banheira com água bem gelada, o rádio na MBD e uma grande limonada na mão. Ora, depois do belo banho refrescante, e no caminho para o lanchinho das cinco, os meus olhos prenderam-se num título de livro: O Desejo.
Não sei o que me passou pela cabeça na altura, mas fiquei com aquilo metido na cabeça. E já que estava de férias, por que não dedicar um pouco de tempo à questão: “O que é o desejo?”
Procurei debaixo do tapete, atrás da televisão e até no fogão, mas parecia não haver resposta para esta questão.
Então, fez-se luz sobre a minha cabeça, o dicionário haveria de ter a explicação, não fosse ele considerado por muito gente, o “livro das respostas”. Comecei a virar as páginas como uma criança a abrir a sua prenda de Natal, até que lá estava a palavra:
Desejo – forte sentimento de fazer ou ter algo.
A excitação transformou-se em desapontamento. Uma explicação tão pequena para uma palavra que diz tanto!
Não contente com o resultado, decidi sair à rua para tirar a explicação por mim mesmo.
Passei por um café, e sentei-me à espera numa hora de muito movimento, teria que conseguir achar respostas. Ao longe, ouvi a Sra. Julieta dizer à empregada de balcão: “Eu iria desejar um galão e meia torrada, se faz favor.”
Fiquei mesmo chateado. Será que o dicionário tinha mesmo razão? Mas, dentro de mim, parecia que aquela definição não fazia sentido…. Voltei para casa e caí no sofá. Para tentar afastar o mau humor, fiz um rápido zapping pela televisão, quando para meu espanto ouço a frase perfeita a ser proferida por um qualquer actor daqueles filmes antigos na RTP Memória: “O homem inteligente irá amar, os outros irão desejar.”
Tudo fez sentido a partir desse momento, a minha definição de desejo havia sido encontrada e não estava debaixo do tapete, nem atrás da televisão, nem mesmo dentro do fogão, mas sim dentro de cada um de nós, pois essa é a fonte do desejo, é o nosso interior, os sentimentos que desperta em nós, uma certa afeição pelo objecto, no entanto, a natureza do desejo é nunca estar satisfeito e, por vezes, somos escravos dele. Sejamos francos, a maior parte das nossas vidas é construída e baseada em torno do desejo, e nós estamos tão habituados a ele que consideramos a satisfação dos nossos desejos indispensável, e, quando se pensa dessa maneira, tornamo-nos escravos dele. Esta é a minha resposta ao desejo. E agora procuro outra resposta: Viveremos em torno de utopias?

“Há duas tragédias na vida: uma é não obter aquilo que desejamos, a outra é obtê-lo.”
George Shaw, 1903

José Esfola, 11ºA
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Todos os seres humanos têm desejos e estes comandam a vida de cada um. O desejo é tudo aquilo que o homem quer e ambiciona, tudo aquilo com que sonha.
A emoção despertada pelo desejo leva-nos, algumas vezes, a fazer coisas e tomar decisões que podem ser certas ou erradas.
Todo o ser humano sonha em realizar os seus desejos, mas, para isso, cada um de nós tem que lutar para conseguir concretizá-los.

Manuel Romão, 11ºA
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Quis saber que sensação é essa, que me faz saltar os níveis de adrenalina. Quis saber que força é essa que me move e me faz sentir vivo.
Será orgânico? Algo sintético ou natural? Mexe-se? Será, decerto, algo sobrenatural. Uma emoção tão humana que é humanamente impossível de perceber?
Não se combate, não se previne, não se cura. Será assim tão grave ter desejos? E se eu desejar saber o que é o desejo? E se eu desejar saber de onde ele vem? Continua a ser mau? Se é que alguma vez foi bom…
Luxúria ou ambição? Os meus desejos são algo que só eu compreendo; eu a quem mais desejar o mesmo que eu. Porque não se explica nem se entende, deseja-se e pronto. Desejo porque me apetece, por vezes com razões que eu próprio desconheço. E porque tudo o que é humano é um pau de dois bicos (bom e mau), e tudo o que é bom faz mal… será o desejo mesmo mau? Virão os desejos da Terra Prometida, da Terra do Nunca? Se assim é… para quê ter desejos… para quê ter ambições… De qualquer maneira, dê lá por onde der, seja o que for que o desejo é, ou de onde ele vem, a verdade é que acabamos sempre por ter de lutar pelo que queremos. Seja isso bom ou mau, é provável que nós, e apenas nós, o compreendamos.

Francisco Oliveira, 11ºA
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Desejo! Afinal o que é o desejo que tanta gente deseja? O que é o desejo que tanta gente sente? O desejo é tudo, somos nós, é o outro, é o que está entre nós e o outro. Desejar é querer e desejar é mais que amar. Quem ama deseja mas quem deseja ama, quer, vive! Eu quis saber o que é o desejo e de onde ele vem, mas afinal não é o amor apenas um dos sentimentos mais básicos do homem? Desejar é querer mais do que se quer, é sentir mais do que se sente, é almejar mais do que se almeja. A vida é parte do desejo, assim como o desejo é parte da vida. É a relação que não existe mas deseja-se, é o amor entre quem não se pode amar, mas deseja-se, é o ser e o estar, é o amar e apaixonar, é o querer e possuir, desejar é tudo, desejar é viver.
O desejo sente-se em todo o corpo, o desejo tem-se, possui-se. Somos hoje e sempre fomos movidos pelo desejo. Desejamos desejando o desejo, vivemos hoje, apenas e só, pelo desejo de viver! Afinal, desejar não é posse de ninguém, não depende das classes sociais nem da orientação sexual, nem do sexo nem da idade. Desejar é universal, e tão universal que não há ninguém neste mundo que não deixe de desejar, porque quando o fizer já não há amor, já não há vontade, já não há vida. O desejo é simplesmente isto, viver. E porque quem vive nunca se deve cansar de viver, quem deseja nunca se deve cansar de desejar. Para mim, desejar é viver!

Valentino Cunha, 11ºA

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Artes Desvalorizadas



Porquê desvalorizar a cultura se ela é tão importante para nós? Não percebo por que motivo é que o Ministro da Cultura aposta cada vez mais na cultura, se a população não a sabe apreciar. Há tantos estudantes que vão, neste momento, para um Curso Científico-Humanístico de Artes Visuais, como eu, e depois chegam cá fora e não têm emprego!
É uma injustiça andarmos tantos anos a gastar imenso dinheiro (durante três ou quatro anos numa Universidade), e não termos emprego quando acabamos o curso! Quando isso acontece, temos de ir trabalhar para um café, servir às mesas ou ir para uma fábrica trabalhar numa linha de montagem! Não é que não sejam trabalhos dignos como todos os outros, mas, afinal, andamos na Universidade a fazer o quê?
Falemos, por exemplo, da dança. Por que razão ninguém vai a um espectáculo de dança? Será porque estamos a passar por uma crise económica muito grande e não temos dinheiro para tal? Não me parece que esse seja o problema. Será por não ser devidamente divulgado? Perguntas sem resposta! Como dizia uma bailarina muito conhecida, Martha Graham, “o corpo diz o que as palavras não conseguem dizer”, isto é, os bailarinos demonstram a sua arte através do corpo, este é o seu instrumento de trabalho. Sem ele não podem trabalhar, se se lesionam não ganham dinheiro, se não ganham dinheiro, não têm como pagar as contas lá de casa, logo ficam endividados, sendo perseguidos pelos bancos.
Nos teatros, já se vê mais gente do que, por exemplo, há trinta anos atrás! A população já começa a apreciar assistir a uma boa peça de teatro depois de um jantar agradável, ao sábado à noite. Também podem ser influenciados pelos amigos, ou então pela amiga que tem uma vizinha que foi assistir àquela peça, que saiu há pouco tempo, e lhe disse que é muito gira. Poderá ainda ser porque um dos actores que está a fazer a peça de teatro é “um que faz de não sei quem” na telenovela da TVI (até pode ser um péssimo actor, mas é muito giro e tem muita piada) e então lá vão elas ver a peça de teatro, ou o musical. Reparem que eu disse que “a peça ATÉ poderia ser boa, mas também poderia ser uma treta”, no entanto, as pessoas vão SÓ para ver o tal actor!
O Teatro é uma das artes mais valorizadas, e ainda bem que assim é! Só acho que se deviam valorizar outras artes como, por exemplo, a pintura, a escultura, a dança… Todos temos de contribuir para que as artes sejam mais valorizadas!
TEMOS DE FAZER ALGUMA COISA PELAS ARTES NO NOSSO PAÍS!


Marta Neto, 10ºE

domingo, 16 de novembro de 2008

Dez Mandamentos do Candidato a Escritor



1. Acreditar que todos somos criativos.



2.Observar discretamente… mas observar, observar, observar…



3.Mergulhar nas histórias dos outros para as sentir, sejam elas em livro, filme, música, teatro, pintura, dança…



4.Não sentir vergonha de ter um olhar diferente sobre as coisas.



5.Não falar do que se está a escrever, a menos que se queira.



6.Guardar tudo o que se escreve, mesmo o que não esteja bem.



7.Comover-se, divertir-se, arrepiar-se com as linhas que aparecem à nossa frente.



8.Conseguir ouvir as críticas, sabendo que elas são sempre uma visão do texto, não a única.



9.Conhecer as personagens tão bem, que façam parte da nossa vida.



10.Escrever em qualquer sítio, a qualquer hora, no papel ou na mente, sem limites.


In QUERO SER ESCRITOR, Manual de escrita criativa para todas as idades, Margarida Fonseca Santos e Elsa Serra, Oficina do Livro

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Palavras leva-as o vento...


Desde o primeiro segundo da existência do mundo que este sofre constantes modificações, inovando-se, renovando-se, recriando-se, tornando-se um local mais agradável ao moldar-se à vida terrena. O Homem, como ser pensante e racional, tem vindo a participar nesta constante renovação mundial. Mas esta renovação só foi possível com a invenção da mais básica forma de comunicação que alguma vez existiu e que é o suporte para a verdadeira vida do homem: as palavras. As palavras são o que faz o homem algo mais do que animais, são o que torna dois seres capazes de se expressarem claramente. As palavras já foram, na sua maioria, inventadas e nós agora, como participantes desta constante renovação mundial, temos o trabalho de as reinventar.
As palavras são, assim, o resumo mais sintético da comunicação porque sem palavras nada seria possível. Nem hoje nem nunca. As palavras foram, aliás, inventadas com o homem. Não foram consequência nem causa, foram apenas necessárias. O homem inventou as palavras porque precisava delas, e não porque as quis inventar. Temos de entender a tamanha importância das palavras porque sem palavras, sem o entendimento que elas, por vezes, proporcionam aos seres humanos, nada seria como é e o que mais se assemelharia ao homem que conhecemos seriam os chimpanzés.
Associadas às palavras nasceram várias áreas de estudo como a etimologia. As palavras são vocábulos representativos de algo, abstracto ou concreto, e o seu significado pode nunca ser o mesmo. A reinvenção de palavras é uma consequência do desenvolvimento do mundo e ultimamente tem sido uma constante. Mas não é só da reinvenção de palavras que se dá esta espécie de revolução (ou renovação) cultural, um outro importante factor são os estrangeirismos que globalizam e internacionalizam cada vez mais uma língua. Quem é que nunca ouviu falar em "cybercafé", "e-mail", "soutien", "abat-jour". O que fazemos, no que pensamos, o que dizemos, o que escrevemos, o que ouvimos tem um elo comum: as palavras que são, por si só, a estrutura básica da vida humana.
Tanto há palavras como "paz", "alegria", "cooperação", como há outras como "guerra", "fome", "tristeza"… Se me pedissem para dizer algumas palavras importantes eu diria "amor", "dinheiro", "saúde", "amizade", "felicidade", mas por mais palavras que soletrasse, que lesse ou escrevesse jamais conseguiria dizê-las todas porque "palavra" vale muitas palavras. E jamais esta permanente utilização e renovação de palavras irá cessar porque tanto como as palavras vivem do homem, o homem também vive de palavras.
Valentino Cunha, 11ºA

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

"Meus olhos andam doidos por te olhar!"


“Meus olhos andam doidos por te olhar!” Tenho saudades do teu olhar, da tua palavra. Tenho saudades do teu abraço embora só o tenha sentido quando vivias na ignorância em relação aos meus sentimentos. Tenho saudades do teu bom dia sorridente e da pena de me dizeres adeus.
Quero-te perto, quero o teu olhar preso ao meu durante tempo sem fim, quero tocar na tua mão sem querer e um arrepio percorrer-me o corpo, gelado mas feliz. Quero poder ser cavalheiro, ver-te com frio e dar-te o meu casaco, ver-te mal e dar-te o meu ombro. Quero dar-te tudo, e não pedir nada em troca. Apenas quero que tudo volte a ser como dantes, o sorriso, o abraço, o afecto… mas não peço o teu amor, pois eu só quero estar perto, ter o gosto de ser importante, mas não demasiado. Só quero o passado, quero o abraço, não quero amor, quero proximidade, não quero o amor, quero o sorriso, não quero o amor. Estou condenado a amar, nesta prisão de sonho, mas, por favor, fica perto, minha amiga.
Fábio Gandum, 10ºE