terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Carta ao Gato



Canil Municipal, 11 de dezembro de 2012

Olá, bola de pelo.

Espero que estejas contente. Por tua causa neste momento a minha casa é uma casota no canil com dois metros quadrados de área. Nem espaço para me levantar eu tenho e a minha comida parece estar sempre fora de validade.
Um dia a nossa dona vai perceber que foste tu quem estragou as flores pelas quais ela tinha uma grande estima. Com esses teus olhos "fofinhos", é óbvio que as culpas vieram parar em cima de mim. Agora, tens a casa só para ti e podes aquecer o traseiro na lareira, enquanto eu nem um simples cobertor tenho para combater este inverno gelado. Mas vai-te preparando! Estou a organizar um plano para sair daqui e quando te puser as patas em cima, vou-te arrancar essa cauda felpuda à dentada!
Aproveita bem os teus últimos dias de felicidade.

Um grande abraço do teu amigo canino,

Cão Fernando

Gabriel Mestrinho, 10.º A

Carta ao Pimba



Condado do Rock, País da Música, 11 de dezembro de 2012

Pimba,

Temos que ter uma conversinha. Sabes que eu respeito todos os estilos musicais, seja Pop, Reggae, Dubstep, eu respeito-os a todos. Mas tu levaste as coisas longe demais! Tudo o que vem do teu estilo nem devia ser considerado música!
Ontem, queria eu dormir e tu puseste-te a cantar sei lá o quê. Claro que passei a noite acordado. Quando finalmente consegui dormir, já eram 7h15 da manhã! Ia chegando atrasado ao emprego! Se eu não chegasse a horas, sabe-se lá o que teria acontecido! Tu tens vizinhos, sabes?!
É que a tua "música" não é aborrecida. É chata e muito repetitiva. Aliás, no outro dia, estive a falar com o meu primo Heavy Metal e com o meu irmão Hard Rock e ambos concordam comigo.
E vá, vamos admitir: eu trouxe ao mundo os Beatles e os Rolling Stones, enquanto tu trouxeste o Emanuel. Acho que não é preciso dizer mais nada.
Espero que faças alguma coisa sobre estes assuntos.

Até ao dia em que mudes,

Rock

P.S. Por favor, para de usar guitarras elétricas na tua música. É degradante para a minha imagem. E, além disso, toda a gente sabe que os teus músicos estão a fazer playback.

Vasco Saltão, 10.º A

Carta ao Jerry



Buraco do sótão, 25 de maio de  1986

Caro Jerry,

Estou a escrever-te para te fazer um pedido. Não sei se sabes, mas há 10 horas fui pai de 56 belos ratinhos e, visto que agora tenho outras responsabilidades, vou ter que dar por encerrado o nosso habitual jogo que dura há mais de 5 anos.
Desculpa, eu sei que disse que só acabaríamos quando eu morresse ou tu me comesses, mas não posso fazer nada.
A minha mulher anda cheia de medo e teme pela minha vida. Agora que sou pai, tenho de arranjar comida e abrigo para a minha família.
Vou ter muitas saudades tuas e nunca te vou esquecer. Não vale a pena procurares-me porque de agora em diante não voltarei a sair da segurança do meu humilde abrigo.
Em contrapartida, e porque gosto muito de ti, o meu lugar no jogo vai ser ocupado pelo meu filho Mickey. Vais adorá-lo. Ele é ainda mais rápido e inteligente do que eu. Prometo-te que te dará muitas dores de cabeça.
Até sempre, meu querido arqui-inimigo.

Miau,

Tom

P.S. Adorei o teu pequeno-almoço hoje!!!

Tomás Marques, 10.º A

Carta ao Ruca



Cidade dos Brinquedos, 13 de dezembro de 2300

Caro colega,

Já há muito tempo que te ando para escrever esta carta, e como estamos numa época natalícia decidi aproveitar o momento.
Como sabes, competimos há muito tempo para ver qual de nós as crianças mais gostam de ver. E a verdade é que infelizmente tu vais na frente. Injustamente!!!
Primeiro, eu sou mais antigo do que tu. Tenho um amigo feiticeiro e ainda por cima tenho na minha série dois ladrões pouco inteligentes. E tu, o que tens?! Tens amigos que só gostam de brincar com carros e ainda não te cresceu o cabelo, enquanto que eu tenho que usar um gorro para as pessoas não verem que tenho um cabelo enorme. Ainda para mais, temos a mesma idade! Não sei porque é que as pessoas te dão mais importância, só porque andas de metro. Eu já tenho a carta de condução!
Isto tudo só para te dizer que voltes a escrever as tuas histórias ou te demitas da série.
Caso não faças nada do que te peço, vejo-me obrigado a fazer queixa de ti aos PB (polícias brincalhões).
Para lá de te fazeres de vítima e de chorar por tudo e por nada só para conseguires mais espectadores!

Vemo-nos por aí,

Nody

P.S. Ruca, roubei-te o gato para ele comer o rato que me anda a atormentar as noites e não me deixa descansar.

Henrique Silva, 10.º A

Carta ao Rato



Casa, 12 de dezembro de 2012

Caro Alimento,

Não penses que vou desistir de comer um rato tão gordo e atlético como tu!
És sempre mais esperto do que eu e estás sempre enfiado nesse buraco. No entanto, lá arranjas maneira de vir buscar comida à cozinha.
Da última vez que saíste desse buraco, da tua minicasa, vi-te na cozinha. Sei bem que também me viste, mas fica a saber que só não te apanhei porque parti a pata. 
Vou arranjar maneira de te apanhar e vai ser com queijo. Não lhe vais resistir, seu bola de pelo!
A tua melhor patifaria foi teres comido todo o queijo do frigorífico e a Dona Ermelinda ter dito que fui eu! Pôs-me a dormir 3 noites de seguida na rua, ao relento, e tu todo quentinho na tua casinha.
Fica descansado que hei de arranjar maneira de saíres daí, seu bola de pelo!
Ah, só mais um recado, quando saíres da tua toca para a cozinha tem cuidado e tenta não comer o queijo. Pode ter remédio para ratos! Ah!Ah!Ah!
Estou a brincar. Não penses que te vou matar com químicos. Eu quero comer-te vivo e tosquiado. Não gosto de ficar com pelos na boca. Dão mau hálito e mau aspeto para as minhas gatinhas...

Até breve, amiguinho!

Zebeto
Gato

William Marquez, 10.º A

Carta à Cor Preta



Lata de tinta branca, 22 de dezembro de 2012

Querida Cor Preta,

Escrevo-te para pedir que diminuas a tua tonalidade obscura e sombria e que salves o mundo dessa negra e triste cor que transportas, sobretudo nestes dias melancólicos de rigoroso inverno.
Bem sei que todas as cores têm a sua função e a sua importância. Contudo, a tua tonalidade negra entristece as pessoas e origina nelas uma atitude negativa perante a vida.
Pedia-te, portanto, que abandonasses a vida das pessoas para que as deixasses serem felizes, puras e sorridentes. Pedia-te que te desvanecesses do céu azul e das nuvens frágeis e puras que eu tão delicadamente colori de branco.
Deixa-me brilhar no sorriso das pessoas, deixa-me iluminar as suas vidas e transmitir pureza, equilíbrio e plenitude. Ajuda-me, por favor, a terminar com a angústia e a tristeza que se apoderam do mundo.
A minha cor branca e suave iluminaria o dia a dia de todos os indivíduos e dar-lhes-ia uma maior motivação para encarar o mundo. Portanto, gostaria que me ajudasses nesta missão de melhorar o mundo, que o salvasses das trevas e da obscuridade.

Muitas pinceladas,

Cor Branca

Mafalda Jorge, 10.º A

Carta ao Livro



Sede dos Computadores, E.U.A., 22 de março de 2222

Exm.º Sr. Livro,

Queria fazer uma reclamação a Vossa Excelência. Porque é que o senhor continua a existir? O senhor já não é tão utilizado como há 100 anos. Agora, apenas as pessoas que não têm dinheiro para comprar um computador  como eu, o melhor, claro, é que compram essa velharia que é um livro.
Desde que nasci que nunca gostei de si. Estavam sempre a sair cópias suas até que um dia tive que pôr fim a essa loucura criando a aplicação Readbook, com a qual apenas com um clique podemos ter mais livros do que alguma vez essa antiguidade chamada Biblioteca tem.
Por tudo isto, peço cordialmente que se retire do mercado para que eu possa reinar sozinho.

Até nunca mais,

Computador

Bernardo Ferreira, 10.º A

Carta ao Computador



No fundo de uma prateleira, 26 de dezembro de 2222

Meu querido inimigo Computador,

Estou tão triste! Estar nesta prateleira a ganhar pó, à espera que alguém me abra não é fácil.
Antes, nós os livros, tínhamos um acordo com os da tua espécie. Combinámos que não iria haver livros no computador, mas vocês desobedeceram, deixando-nos ao abandono.
Antigamente, as escolas usavam livros para os seus alunos estudarem, mas agora só restam computadores portáteis, tablets, Windowsphones, iphones e Androids. A vossa espécie e outras espécies tecnológicas estão a levar-nos à extinção e por causa disto, os meus dois melhores amigos, o livro de Português e o de Física e Química, suicidaram-se. Um atirou-se para a lareira e o outro pegou em ácido e derreteu-se, deixando-me sozinho nesta prateleira.

Adeus,

Livro de Inglês

Bruno Rosa, 10.º A

Carta ao Atletismo



Baliza, 24 de outubro de 2012

Estimado e fiel amigo Atletismo,

Penso que temos algumas desavenças a tratar e também quero saber algumas "curiosidades" sobre ti. Vamos começar pelas curiosidades. Diz-me qual é o teu objetivo? É que eu, ao fim de tantos anos a pensar qual seria o teu objetivo, ainda não consegui chegar a uma conclusão. Será fazer as pessoas correrem para o nada? Correrem só porque têm que correr, sem nenhum propósito? Pois eu sou muito diferente! Eu tenho um objetivo. Eu quero ganhar um jogo. E, quando um jogador corre, corre sempre para alcançar a bola e não apenas para se cansar.
E agora vamos às desavenças. Diz-me lá qual é a tua de mandares os teus atletas para mim, o Futebol? Achas que para jogar futebol apenas se tem que saber correr? Digo-te que estás muito enganado! Um jogador de futebol tem que ter espírito de grupo, visão de jogo, técnica, e muito mais... Não basta apenas saber correr, ou seja, um jogador de futebol pode ser um atleta, mas um atleta não pode ser um jogador de futebol. Futebol é um mundo!
Dou-te um bom exemplo, Cristiano Ronaldo, um dos melhores jogadores na atualidade que consegue vencer qualquer um dos teus atletas... Isto só demonstra que eu sou muito superior a ti!

Um golo,

Futebol

Bruno Simões, 10.º A

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Carta à ponteira de escape



Motor, 11 de dezembro de 2012

Olá, Ponteira de Escape.

Tens feito muito barulho mas eu, no meio de tanta combustão, ainda te consigo ouvir! Só não entendo uma coisa, é que todos os meses faço mais movimentações acima e abaixo, todos os meses recebo mais gasolina e tu cada vez fazes mais barulho. Não aguento mais este andamento! Qualquer dia saltam-me os segmentos todos e, em vez de ser de forma cilíndrica, passo a ser uma metade de esfera. Já não aguento mais!
Sabes, andam por aí rumores que estamos num carro de tuning de um tal de Márcio Galvão e quem anda a alterar o motor onde eu estou é um tal de Kissyfur. Vê lá se me sabes dizer se é verdade?

Até escrever de novo,

Pistão

P.S. Escreve-me de volta dizendo se estamos mesmo nesse carro. Ah, e já agora, tenta fazer menos barulho!

Afonso Ataíde, 10.º A

Carta ao Rato



Residência da Dona Inácia, Canha, 10 de dezembro de 2012

Meu querido Júlio,

Como sabes, na festa de anos da minha dona, a Sr.ª Inácia, eu decidi fugir de casa porque havia muito barulho. Durante a noite, como te lembras, encontrámo-nos no quintal e tivemos aquela zanga, mas desde então não consegui esquecer-te. Pode ser um pouco estranho para ti, como é óbvio. Depois da nossa zanga deves ter pavor de mim. Só te peço que confies na minha palavra e que voltes ao quintal. Vou lá estar todas as noites à tua espera, prometo.
Naquela noite da festa, nunca me passou pela cabeça vir a apaixonar-me por um rato, Mas, na verdade, de todos os ratos que já vi ao longo das minhas sete vidas, tu és o único por quem eu fiquei encantada.
És lindo! Queria tanto voltar a ver-te, e acredita em mim, eu não te vou fazer mal, apenas te quero conhecer melhor. Encantaste a minha vida, Júlio. Podemos passar momentos muito bons lado a lado, acredita na minha palavra.
Porém, Júlio, se não apareceres, vai ser pior para ti. Não te esqueças que eu sei onde moras, por isso é bom que venhas, sim?
Acredita que vários gatos me vieram pedir a pata em namoro, mas eu quis ficar contigo.

Miau,

Dorita
Gata

João Sousa, 10.º A

Carta ao Pimba



Residência do Rock, 20 de dezembro de 2012

Meu querido Pimba,

Venho por este meio informar-te de que os moradores da residência do Rock estão saturados de ouvir o teu som irritante e idiota. Para de fazer essa "coisa" que chamas de música porque isso não é música, é poluição sonora.
Visto que somos vizinhos, solicito uma reunião, sem violência, a fim de debatermos soluções benéficas para mim.

Guitarradas,

Rock

Ricardo Carapinha, 10.º A

Carta à Noite



Céu, 3 de abril de 2012

Olá, amiga Noite.

Vim esclarecer que continuas bonita e escura, mas nem tudo é um mar de ilusões. Trata das pessoas com o coração.
O escuro é símbolo de crime e traição. Há pessoas perigosas que andam nas ruas envolvidas na tua escuridão.
Peço-te que às pessoas simpática tragas paz e união. Sê como eu, divertido e brincalhão. É certo que eu também ando, às vezes, mal habitado, mas sempre sou mais pacífico que tu.

Luz e brilho do teu amigo,

Dia

Francisco Bento, 10.º A

Carta aos números ímpares



Boletim do Totoloto, 11 de dezembro de 2012

Olá, amigos números ímpares.

Venho por este meio avisá-los de que nós, números pares, somos muito mais amados pelo público.
Somos números mais simples e por essa razão somos os mais escolhidos no Totoloto. 
Vocês, números ímpares, só têm a vantagem de serem números maiores.
Nós vamos ganhar a competição.
Tenham um bom dia e vão fazer umas contas!

Adições e multiplicações,

Números Pares

Manuel Damásio, 10.º A

Carta ao Rato



Casa da Avó Teresa, 11 de dezembro de 2012

Caro inimigo Rato,

Nesta tarde de terça-feira, escrevo esta carta de modo a informar-te de que a época dos queijos começou. Dito isto, saberás que tens que me entregar o jogo da Playstation que te emprestei.
Como começou a época dos queijos, a nossa guerra também teve início, por isso podes voltar a ler as regras e lembra-te, nada de armas de fogo! A última vez que usaste uma, ias-me matando e destruindo a casa.
Sabes bem que se eu morrer acabam-se os queijinhos fresquinhos todas as semanas!
Bom, com esta carta dou por iniciada a guerra. 
Boa sorte e prepara-te.

Até quando menos esperares,
Farrusco
(Gato)

P.S. Junto com a carta segue o meu presente de início de guerra. É uma simples bombinha. Protege-te, ratinho!

Miguel Gézaro, 10.º A

Carta à escola



Entre os meninos e meninas, 18 de dezembro de 2012

Olá, estimada inimiga.

Venho solicitar-te que desapareças. Estragas sonhos, retiras a felicidade às pobres crianças que por tua causa se desinteressam, perdem a coragem e o sorriso. Por tua causa crescem e perdem a infância, às vezes, até cedo demais. Há quem diga que as preparas para o futuro, mas que futuro é esse tão cruel em que a sociedade as julga por serem como são, as critica pela maneira de viverem as suas vidas que são tão curtas e mal aproveitadas, só porque tu mostras que não podem fazer o que desejam por não passarem às disciplinas.
Por tua causa a universidade perde ânimo porque os alunos não podem seguir o que mais gostam, já que tu lhes mostraste que eles não são bons.
Por fim, venho aqui demonstrar-te que a motivação cria em mim felicidade e que quando fazemos o que gostamos atingimos tudo o que queremos.

Abraço,

Felicidade

Francisco Rolha, 10.º A

Carta ao carro



Parque de estacionamento, 11 de dezembro de 2012

Exm.º Sr. Carro,

Venho por este meio informá-lo de que este parque é meu e vai ter que sair e estacionar no outro parque ao lado, o dos ligeiros.
Se não cumprir o que lhe apitei, buzino à polícia para o rebocar para outro lado. Veja bem a minha situação: preciso de estacionar e não tenho lugar por sua causa. Também tenho que o avisar que tem feito muito barulho com o rádio sempre que eu preciso de descansar. É favor parar com a barulheira durante a noite!

Aguardo resposta,

Camião

P.S. Espero que compreenda a minha situação.


Nuno Carapinha, 10.º A

Carta aos números ímpares



Calculadora, 11 de dezembro de 2012

Estimados inimigos números ímpares,

Estamos a escrever esta carta pois existe algo que sempre nos incomodou: a vossa EXISTÊNCIA!!!
Têm sempre o descaramento de se meterem no meio de nós. Em qualquer número os desagradáveis e incomodativos números ímpares estão sempre presentes.
Avisamos desde já que nos reunimos e criámos uma inovadora e fantástica calculadora que faz operações só connosco, os números pares.
É melhor desistirem da guerra que criaram pois serão verdadeiros números mortos. Eh, eh, eh, eh!!!

Até nunca mais,

Números pares 2, 4, 6

Inês Silva, 10.º A