segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Biografia de Fernando Pessoa

A 13 de Junho de 1888, nasce Fernando António de Nogueira Pessoa, no Largo de S. Carlos, em Lisboa, filho de Joaquim de Seabra Pessoa e de Maria Madalena Pinheiro Nogueira Pessoa.
Aos 5 anos, em 1893, Pessoa sofre com a morte do seu pai, vítima de tuberculose, tal como o seu irmão, que morre uma ano mais tarde. Pouco tempo depois das perdas marcantes na sua infância, a sua mãe decide voltar a casar e, em 1895, contrai matrimónio com João Miguel Rosa, cônsul em Durban, na África do Sul. Sendo a sua mãe a pessoa de quem mais gostava, Fernando escreve os seus primeiros versos a ela dedicados:
"Eis-me aqui em Portugal,
terra onde nasci,
por muito que goste dela,
ainda gosto mais de ti."
Em 1896, Fernando Pessoa parte com a sua mãe para Durban, onde viria a viver, também com o seu padrasto e 4 meios-irmãos. É em Durban que inicia os seus estudos, frequentando um colégio de freiras irlandesas. Em 1899 entra para o Liceu de Durban e, em 1903, com apenas 15 anos, presta provas de admissão para entrar na Universidade do Cabo da Boa Esperança, sendo-lhe atribuído o prémio Rainha Vitória para o melhor ensaio em inglês.
Em 1905 regressa a Portugal e vai viver com a sua avó Dionísia e duas tias. Matricula-se no curso de Filosofia, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, mas retira-se em menos de um ano. Pouco tempo depois, em 1907, a sua avó morre e deixa-lhe uma herança, que Pessoa utiliza para abrir uma tipografia. Esta é a sua primeira tentativa de ganhar dinheiro, no entanto, revela-se um fracasso, visto que, rapidamente a empresa abre falência.
Não se interessando muito pelo dinheiro, Fernando começa a trabalhar como correspondente comercial, traduzindo cartas para inglês e francês, apenas para ganhar o indispensável. Trabalhou, também, como publicitário, sendo pioneiro na campanha da Coca-Cola em Portugal e o autor do slogan da marca: "Primeiro estranha-se, depois entranha-se".
Já com 30 anos, Pessoa vivia em casa de parentes e em quartos alugados, e ainda não tinha encontrado o amor, até que conhece Ophélia, uma bela jovem de 19 anos. Nos 9 meses seguintes encontram-se secretamente nos eléctricos de Lisboa, mas Fernando termina o relacionamento.
O escritor dedica-se inteiramente à literatura, sem nunca esquecer as suas idas diárias ao barbeiro Manassés para aparar o seu bigode.
Intelectual, Pessoa escreve milhares de obras, desejando superar Camões e outros escritores maiores. Nove anos passaram e Fernando Pessoa não esquece Ophélia, o seu grande amor. Assim, em jeito de provocação, envia-lhe um postal com uma fotografia sua a beber ginga e a seguinte dedicatória: "Em flagrante delitro". Reataram a relação por mais algum tempo.
Fernando Pessoa morre a 30 de Novembro de 1935, vítima de cirrose hepática, proferindo as seguintes palavras: "I know not what tomorow will bring".
Na sua última morada, Rua Coelho da Rocha, actualmente uma casa museológica, deixou uma enorme colecção literária e uma arca com milhares de obras por publicar.
Em vida, o escritor permaneceu anónimo em Portugal, sendo apenas Mensagem a sua única obra publicada em português. Depois de falecer, concretizou o seu sonho, tornando-se um supra-Camões, com milhares de obras publicadas em várias línguas e muitas outras por publicar.
Liliana Madeira e Luís Ferrolho, 12.º B